O jornal El País publicou editorial em sua edição brasileira
sobre Moro que nenhum jornal brasileiro teve coragem de publicar: "Moro
tira a máscara: a decisão do juiz de ser ministro de Bolsonaro macula
retroativamente suas decisões sobre Lula e o PT"; no texto, o diário
espanhol afirma: "A decisão de Sérgio Moro de aceitar a pasta da Justiça
no futuro governo do ultradireitista Jair Bolsonaro exige uma análise
retrospectiva de suas ações, exame do qual o superjuiz, percebido como o
paladino nacional da lei no Brasil nos últimos anos, não sai ileso"
247 - O jornal El País publicou editorial em sua edição brasileira
sobre a confirmada nomeação de Sergio Moro ao Ministério da Justiça que nenhum
jornal brasileiro teve coragem de publicar: "Moro tira a máscara:
a decisão do juiz de ser ministro de Bolsonaro macula retroativamente suas
decisões sobre Lula e o PT". No texto, o diário espanhol afirma: "A
decisão de Sérgio Moro de aceitar a pasta da Justiça no futuro governo do
ultradireitista Jair Bolsonaro exige uma análise retrospectiva de suas ações,
exame do qual o superjuiz, percebido como o paladino nacional da lei no Brasil
nos últimos anos, não sai ileso".
Para o jornal espanhol, em sua edição brasileira,
Moro deu fartas provas de sua parcialidade ao longo de quatro anos de
perseguições a Lula: "Moro condenou o ex-presidente por ter recebido um
apartamento tríplex de uma construtora em troca de facilidades para negociar
com a Petrobras. Durante os quatro anos que durou a instrução, o juiz deu
mostras claras em várias ocasiões de agir por motivações políticas, afetando o
processo eleitoral, principalmente contra o Partido dos Trabalhadores (PT) de
Lula".
A futura nomeação de Moro lança uma mácula sobre os
processos movidos por Moro contra Lula. E uma sombra sobre a democracia
brasileira.
Leia o final do editorial:
"A democracia se baseia, entre outras
premissas, em uma estrita separação de poderes e no império da lei. Os acusados
têm direito a um juiz imparcial. A mera aparência de parcialidade pode ser
causa de conflito de interesses, e a decisão do juiz Moro de se unir ao governo
do presidente eleito, a cujo rival processou e condenou à prisão tão
recentemente, sem dúvida inquieta os defensores de tal processo. O fato de Moro
ser ministro de Bolsonaro joga de forma inevitável uma sombra retrospectiva
sobre se Lula teve ou não um julgamento justo, ou se desfrutou do direito de
ter um juiz imparcial. Mas o ex-presidente, hoje na cadeia, não é o único
prejudicado. A imagem da justiça no Brasil, como um dos pilares da democracia,
é a principal danificada pelo caso Moro."
Aqui a íntegra
do texto.
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