Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instaurou nesta
sexta-feira, 9, pedido de providências para que o juiz Sérgio Moro preste
esclarecimentos sobre suposta atividade político-partidária ao aceitar convite
para ser ministro da Justiça de governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL); o
corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins unificou várias
representações contra Moro, entre elas realizadas por deputados e senadores do
PT e concedeu prazo de 15 dias para que o juiz preste explicações; juiz que o
ex-presidente Lula, que venceria as eleições no primeiro turno, é acusado de
parcialidade ao liberar, em plena campanha eleitoral, trechos da delação
premiada do ex-ministro Antonio Palocci
(Reuters) - O corregedor
nacional de Justiça, Humberto Martins, que atua no CNJ (Conselho Nacional de
Justiça), instaurou nesta sexta-feira (9) pedido de providências para que o
juiz federal e futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, preste esclarecimentos
sobre suposta atividade político-partidária ao aceitar convite do presidente
eleito Jair Bolsonaro (PSL) para compor seu governo.
Martins
concedeu prazo de 15 dias para que Moro preste explicações e deu o mesmo prazo
para que a corregedoria regional do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região)
se manifeste sobre se existe no órgão alguma apuração no mesmo sentido sobre o
juiz.
Moro é
responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância em Curitiba,
incluindo os que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso
desde abril na capital paranaense cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão
por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). O
petista ainda é alvo de outras duas ações penais em Curitiba.
O juiz
entrou em férias e informou que pedirá sua exoneração da magistratura somente
em janeiro, antes de assumir o comando do Ministério da Justiça e Segurança
Pública na gestão de Bolsonaro.
Martins
unificou várias representações contra Moro no CNJ, entre elas realizadas por
deputados e senadores do PT. Os parlamentares petistas argumentam que Moro agiu
"mais uma vez, com parcialidade e sem a observância da legalidade" ao
liberar, em plena campanha eleitoral, trechos da delação premiada do
ex-ministro Antonio Palocci.
Sustentam,
ainda, que Moro feriu, na avaliação dos petistas, o código de ética da
magistratura ao, para eles, dedicar-se a atividades político-partidárias sem
pedir exoneração do cargo de juiz.
Por Eduardo Simões
Nenhum comentário:
Postar um comentário