A
governadora Cida Borghetti informou nesta segunda-feira que deixará o Governo
do Paraná com um saldo de cerca de R$ 5 bilhões nas contas estaduais, e sem
comprometer nenhum recurso do orçamento fiscal de 2019, estimado em R$ 48,7
bilhões na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Os dados foram anunciados durante
reunião das equipes de transição, realizada no Palácio Iguaçu.
Do saldo
total que ficará em caixa, cerca de R$ 2 bilhões serão de superávit financeiro.
Ou seja, o próximo governo poderá dar a destinação que considerar mais oportuna
para os recursos. Além da previsão de superávit, os representantes do Estado
frisaram que para o exercício 2019 haverá um acréscimo de R$ 1,9 bilhão no
orçamento para áreas prioritárias em relação a valor aplicado neste ano. A
educação vai receber mais R$ 1,23 bilhão, valor 15,6% maior do que em 2018.
Na saúde,
a variação será de 9,4%, com o incremento de R$ 319 milhões em relação ao
montante atual, e na segurança pública a alta é de 8,7%, com ampliação de R$
330 milhões nas verbas orçamentárias. No total, o volume de investimentos
públicos para 2019 deverá chegar próximo de R$ 7,5 bilhões.
O
secretário estadual da Fazenda, José Luiz Bovo, fez uma apresentação da
situação financeira para a equipe de transição do futuro governo. Os dados
fechados em outubro mostram um saldo de R$ 7,4 bilhões em aplicações
financeiras.
Outro
dado apresentado foi em relação à despesa com pessoal, que alcançou 45,68% da
receita corrente líquida, patamar que fica entre o limite de alerta e o limite
prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Para o próximo exercício, a
previsão de crescimento da folha foi estimada em 5,23%.
Na
exposição, Bovo ressaltou que o Estado aplica percentuais acima da legislação
nas áreas de educação e saúde. No primeiro caso, o gasto alcança 32,25% da
receita, ante uma exigência legal de 30%. No segundo, a despesa alcançou 12,18%
da receita de impostos, contra 12% exigidos por lei.
Outro
dado destacado por Bovo foi a redução da dívida estadual, que caiu 69% entre
2010 e 2018. Hoje, a capacidade de endividamento do Paraná é de R$ 64,4
bilhões.
A equipe
de transição do Governo do Estado é liderada pelo chefe da Casa Civil, Dilceu
Sperafico, e conta com a participação dos secretários José Luiz Bovo (Fazenda)
e Silvio Barros (Desenvolvimento Urbano); Carlos Eduardo de Moura,
controlador-geral do Estado e Sandro Kozikoski, procurador-geral do Estado.
Representando
o governador eleito Ratinho Junior (PSD), participaram Reinhold Stephanes, João
Carlos Ortega, Norberto Ortigara e Nildo Lübke.
O
coordenador da equipe do governador eleito, Reinhold Stephanes, destacou
que essa é a primeira de muitas reuniões e que é exatamente a transparência
financeira do estado que a equipe quer ter acesso. Por determinação de Ratinho
Junior, também quer um levantamento detalhado sobre todas as licitações e
levantar e acompanhar tudo considerando o período de até 70 dias antes da
posse. “São dados financeiros importantes, queremos ter acesso a todos
eles, o que vai ajudar a nossa equipe de transição a detalhar para o governador
eleito, Ratinho Junior como estão as finanças do estado e os programas
importantes que já iniciam no começo do ano que vem”, afirmou Reinhold
Stephanes.
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