Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (23) arquivar o inquérito aberto
para investigar o senador licenciado e ministro das Relações Exteriores,
Aloysio Nunes Ferreira, que foi interrompido duas vezes por pedidos de
vista; Aloysio foi citado por delatores ligados à empreiteira; o delator
Carlos Armando Guedes Paschoal confirmou o pagamento de R$ 500 mil para a
campanha do tucano, em 2010
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil - Por 3 votos a 2, a Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (23) arquivar o inquérito
aberto para investigar o senador licenciado e ministro das Relações Exteriores,
Aloysio Nunes Ferreira. O caso começou a ser julgado em agosto, mas foi
interrompido duas vezes por pedidos de vista.
O pedido de arquivamento foi feito pela defesa de
Nunes, que alegou falta de provas para o prosseguimento da investigação. A
maioria dos ministros do colegiado seguiu voto proferido pelo relator, Gilmar
Mendes. Ele entendeu que, até o momento, as investigações não conseguiram ir
além do depoimento dos delatores.
Aloysio foi citado por delatores ligados à
empreiteira Odebrecht, e a investigação foi aberta a pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), no fim do ano passado. Em um dos
depoimentos, o delator Carlos Armando Guedes Paschoal confirmou o pagamento de
R$ 500 mil para a campanha de Nunes, em 2010. Segundo outro delator, Benedicto
Junior, "esta doação não teria sido contabilizada".
A defesa de Aloysio Nunes pediu o arquivamento e
disse que as diligências que foram solicitadas pelo Ministério Público e a
Polícia Federal não conseguiram encontrar provas que pudessem corroborar as
declarações dos delatores.
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