Em seu segundo show no Brasil com a turnê "Us +
Them", Roger Waters repetiu a manifestação contra o fascismo; Waters
aludiu à censura: o nome 'Bolsonaro' foi retirado da lista de fascistas
projetada no telão por uma tarja, para, numa fração de segundo, aparecer e
provocar reação da plateia; o coro "ele não" emergiu com força neste
momento e as vaias foram menores do que no dia anterior. Um grupo começou o
coro "Ei, Lula, vai tomar no cu"
247 - Em seu segundo show no Brasil com a turnê "Us +
Them", Roger Waters repetiu a manifestação contra o fascismo. Waters
aludiu à censura: o nome 'Bolsonaro' foi retirado da lista de fascistas
projetada no telão por uma tarja, para, numa fração de segundo, aparecer e
provocar reação da plateia. O coro "ele não" emergiu com força neste
momento e as vaias foram menores do que no dia anterior. Um grupo começou o
coro "Ei, Lula, vai tomar no cu".
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relata
a manifestação de Waters: "entre as
diversas frases exibidas em um telão durante a apresentação com repertório da
banda britânica Pink Floyd, que teve Waters como baixista, guitarrista e
vocalista, apareceu a mesma lista de nomes de políticos exibida na apresentação
de terça (9). Incluía-se o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e a
advogada Marine Le Pan, candidata derrotada nas últimas eleições na
França".
E
comenta a censura ao nome do político extremista: "mas, no lugar onde, na
noite anterior, estava cravado o nome de Bolsonaro, apareceu uma tarja em que
estava escrita a frase 'ponto de vista político censurado'. A tarja sumiu
apenas por uma fração de segundo, e o público pode ver que, debaixo dela
estava, o nome Bolsonaro".
A
matéria ainda narra a sequência das canções e suas alusões políticas: "logo após a canção, começaram os coros contra Bolsonaro na
plateia. Era a metade do show e houve um intervalo. Waters saiu do palco e, no
telão, foram exibidas mensagens pedindo resistência. 'Resista a Mark Zuckerberg',
'Resista ao lixo despejado nos oceanos', 'resista ao neofascismo', 'resista
àqueles que lucram com as guerras'."
A
reportagem do jornal Folha de S. Paulo termina com um trecho irônico, ainda que
não se possa saber se foi intencional ou não: "embora tenha mantido o
protesto contra Bolsonaro, Waters fez um recuo em relação ao show anterior e
não exibiu no telão a frase 'ele não', que marcou o movimento de oposição ao
candidato principalmente pelas mulheres. O cantor optou por reformular sua posição,
expressando-se indiretamente. Quase no fim do show, a tela mostrou a frase 'nem
fodendo'."
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