segunda-feira, 22 de outubro de 2018

PGR pede cassação de habeas corpus que soltou Pepe Richa

AEN

A Procuradoria Geral da República pediu ao Supremo que casse o habeas corpus que revogou a prisão temporária do ex-secretário de estado e irmão de Beto Richa, José Richa Filho.
O recurso foi enviado ao STF na última sexta-feira (19) pela procuradora-geral, Raquel Dodge. No documento é solicitado ao relator, ministro Gilmar Mendes, que reconsidere a decisão ou envie o caso para julgamento da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal.
O ex-secretário foi preso em 26 de setembro durante a Operação Integração II, fase de número 55 da Lava Jato, que apura suposto esquema de corrupção na concessão de rodovias no Paraná.
Para Dodge, a concessão da liberdade a Pepe Richa partiu da premissa “absolutamente equivocada” de que os fatos investigados são os mesmos na operação Integração II e na operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo Gaeco no dia 11 de setembro. No entendimento da PGR, entretanto, as investigações são distintas e por isso não seria aceitável a argumentação da defesa de que o HC concedido anteriormente deveria ser seguido também no segundo caso, no que se chama de “decisão paradigma”.
A afirmação de Dodge é de que “embora tenham ocorrido de modo paralelo no tempo, as operações Rádio Patrulha e Integração II, de âmbitos estadual e federal, respectivamente, não guardam qualquer relação investigativa entre si, justamente por terem por objeto fatos completamente distintos”. De acordo com a Procuradora, a admissão do habeas corpus significa blindar Pepe Richa contra novas prisões cautelares decretadas com base em novas situações criminosas. No documento, ela argumenta ainda que, com o recurso apresentado, a defesa buscou um atalho, escapando de normas legais e procedimentais com indevida supressão de instâncias. Segundo a PGR, a reclamação deveria ter sido distribuída aleatoriamente entre os diversos ministros do Tribunal, sem o direcionamento que ocorreu com o pedido de José Richa Filho.
Além desse pedido de revisão feito pela PGR, Pepe Richa teve um pedido de habeas corpus preventivo negado pelo TRF-4 na última semana, ente que era solicitado também pelo ex-governador Beto Richa. A decisão destacou que o Tribunal não tem competência para o exame de decisões de instância Superior e que não é possível avaliar um pedido de habeas corpus sem que tenha havido a prisão dos envolvidos.
Fonte: Paranaportal.uol

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