A “ampla” vantagem para Jair Bolsonaro (PSL) neste segundo
turno poderá ser uma experiente frustrante para o ex-capitão do Exército, pois
os institutos têm como regra errar muito. Vide a eleição de 2014.
No primeiro turno
daquela eleição, há quatro anos, Aécio Neves (PSDB) obteve 7,55 pontos acima da
margem superior de erro prevista pelo Datafolha. Ele disputou o segundo turno —
e perdeu — de Dilma Rousseff (PT) no voto, mas não reconheceu a derrota.
No
segundo turno, vários novos erros dos institutos. Na pesquisa Sensus divulgada
no dia 11 de outubro de 2014, por exemplo, a primeira do segundo turno de 2014,
Aécio surgiu com 17 pontos à frente de Dilma. O leitor já sabe do resultado,
anotado acima…
Nesta
eleição de 2018 não é diferente. Todos os institutos de pesquisa erraram feio
já no primeiro turno. Erraram como método na tentativa de influir na vontade do
eleitor.
Vejamos
no caso do Paraná, na corrida pelo Senado. O Ibope induziu o voto útil contra
Beto Richa (PSDB) para deixar Roberto Requião (MDB) fora do Senado, haja vista
que o tucano teve o percentual inflado para cima na véspera da votação.
As
pesquisas também erraram no Rio, onde apontavam segundo turno entre Eduardo
Paes (DEM) e Romário; também deram com os burros n’água em São Paulo com a ida
de Márcio França (PSB) para o segundo turno contra João Doria (PSDB).
Os
institutos de pesquisa seguem os interesses dos pagantes. Ora as empresas que
especulam no mercado financeiro (Empiricus, XP Investimentos, BTG Pactual), ora
a velha mídia golpista (Globo, Estadão, Folha).
Requião
certa feita cunhou a célebre frase que continua atualíssima: ‘se quero comprar
peixe, vou à peixaria; se quero comprar pesquisa, vou ao Ibope.’
Fonte:
Blog do Esmael
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