Novo e PT lideram o ranking. Objetivo do estudo era avaliar compromisso
dos partidos em apresentar informações de interesse público à população
Legenda do candidato a presidente não divulga para a sociedade informações consideradas básicas pelos pesquisadores |
São Paulo – O
Partido Social LIberal (PSL), legenda do candidato à Presidência da República
Jair Bolsonaro, ficou em último lugar no ranking de transparência
feito pelo Movimento de Transparência Partidária, organizado pelos cientistas
políticos Marcelo Issa (PUC) e Humberto Dantas (USP), e pela administradora
Victoria Gandolfi (FGV), que coordenou o trabalho.
Dando uma demonstração do que seria o
acesso à informação em um eventual governo Bolsonaro, o PSL não cumpriu nenhum
requisito da pesquisa, deixando de informar sobre seus filiados, contabilidade,
estrutura e organização. Novo e PT ficaram nos primeiros lugares no ranking.
Os dados vêm sendo reunidos desde dezembro
do ano passado. Em uma escala de zero a dez em transparência, o partido de
Bolsonaro aparece com zero absoluto. Ao seu lado está o PCO, com a mesma nota.
Os pesquisadores observaram a divulgação
de dados de contabilidade – receitas, despesas, patrimônio; membros do partido
– relação de nomes, CPF, data de filiação, atuação no setor público;
procedimentos internos – regimento, critérios para distribuição de recursos,
comitê de ética; e estrutura partidária – órgãos de decisão, entidades
apoiadoras, fornecedores.
No topo do ranking ficaram o Novo, com
nota 2,5 e o PT, com 1,38. O MDB e o PSDB receberam nota 0,88. Todos os outros
partidos tiveram notas menores que 1. As informações foram obtidas nas páginas
oficiais dos partidos.
Os pesquisadores estabeleceram um número
mínimo de informações consideradas básicas e as buscaram. O objetivo foi
avaliar "o compromisso das legendas em apresentar informações de interesse
público a respeito de suas estruturas e dinâmicas de funcionamento".
Os pesquisadores não consideraram as
informações sobre os partidos que são divulgadas na página do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). "Entendemos que a função do TSE é fazer controle,
fiscalização. O que a gente mede é outra coisa: o compromisso do partido com a
transparência", explicou o cientista político Marcelo Issa ao jornal Valor Econômico.
Fonte:
RBA
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