sábado, 6 de outubro de 2018

O compromisso do TSE contra fakenews é uma fakenews


"As fakenews não vão navegar pela internet como antigamente se navegava pelos mares", assegurou o ministro Luiz Fux, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com seu costumeiro tom sub literário; três meses depois e temos a maios enxurrada de fakenews da história, praticamente a estratégia de campanha mais estrutural da extrema direita brasileira; como de costume, o poder judiciário nada faz quando se trata dos inimigos da esquerda e da democracia
247 - "As fakenews não vão navegar pela internet como antigamente se navegava pelos mares", assegurou o ministro Luiz Fux, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com seu costumeiro tom sub literário. Três meses depois e temos a maios enxurrada de fakenews da história, praticamente a estratégia de campanha mais estrutural da extrema direita brasileira. Como de costume, o poder judiciário nada faz quando se trata dos inimigos da esquerda e da democracia. 
O site The Intercept destaca a situação constrangedora do TSE: "Bolsonaristas assinam acordo contra fake news. E desrespeitam. Não que tenha faltado boa vontade. Formou-se um conselho consultivo para discutir eleições e internet. Apresentaram-se mais de 20 projetos de lei. Um enorme acordo de cooperação teve assinatura de 28 partidos. Projetos e mais projetos de checagem de fatos se proliferaram na internet e na grande imprensa. Enquanto isso, os grupos de WhatsApp bombavam, com surrealismos como mamadeiras com bicos em formato de pênis ou crianças que terão o gênero definido pelo Estado".
A reportagem do site relata o problema contemporâneo de fakenews truncando processos eleitorais mundo afora "um estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, avaliou as notícias espalhadas durante a segunda quinzena de agosto no Twitter – 'um ambiente extremamente partidarizado' – e concluiu que, 'ao passo que os partidários de Bolsonaro foram responsáveis por compartilhar a variedade mais ampla de fontes de junk news, os partidários de Lula da Silva e Haddad foram responsáveis pelo maior volume de compartilhamento'."
A verdade, no entanto foi outra "mas a realidade é ainda mais grave: os próprios candidatos e aliados próximos espalharam notícias falsas à vontade, violando o Código Eleitoral impunemente. Jair Bolsonaro, seus filhos, Eduardo e Carlos, e seus aliados políticos são notórios difusores desse tipo de conteúdo. No mês passado, os dois postaram um print do grupo Mulheres Contra Bolsonaro que havia acabado de ser roubado. Na imagem, adulterada pelos criminosos que invadiram contas, o nome havia sido trocado para 'Mulheres com Bolsonaro', dando a entender que o grupo havia sido criado com o propósito original de apoiar o candidato do PSL. As postagens permanecem no ar". 


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