O convite público de Jair Bolsonaro a Sergio Moro para ser
ministro da Justiça ou ministro do Supremo Tribunal Federal e a sinalização de
Moro de que pode aceitá-lo são mais uma evidência de que a Lava Jato foi
instrumento da perseguição política a Lula; a defesa do ex-presidente pedirá
novamente a suspeição do juiz apontando interesses pessoais na perseguição
judicial de que foi vítima; mesmo analistas conservadores reconhecem a trama;
segundo todas as pesquisas, mesmo preso, Lula venceria em primeiro turno
247 - O convite público de Jair Bolsonaro a Sergio
Moro para ser ministro da Justiça ou ministro do Supremo Tribunal Federal e a
sinalização de Moro de que pode aceitá-lo são mais uma evidência de que a Lava
Jato foi instrumento da perseguição política a Lula. A defesa do ex-presidente
pedirá novamente a suspeição do juiz apontando interesses pessoais na
perseguição judicial de que foi vítima, informa a colunista Mônica Bergamo. O
pedido será feito nos processos em curso no país e denunciada internacionalmente.
Mesmo analistas conservadores e antipetistas como Josias de Souza reconhecem a
trama.
Em sua coluna no UOL, Souza foi
taxativo: "Concluído o segundo turno, se virar ministro de Bolsonaro, o
juiz passará o resto da vida explicando por que ladrilhou com pedrinhas de
brilhante a avenida que levou Bolsonaro ao Planalto. A Lava Jato jamais será a
mesma" (leia a íntegra aqui).
A
pergunta que imediatamente se faz é: prendeu o concorrente e agora vira
ministro? Essa injunção política pode ter dado início ao fim do que restou de
reputação ao juiz de Curitiba, uma vez que resta evidente a politização de suas
decisões com relação a Lula, que venceria com facilidade Jair Bolsonaro nas
eleições.
São
movimentos irrefletidos de um futuro presidente que desconhece o mundo real do
discuso político e que ficou mal acostumado com sua própria industria de fake
news. A rigor, Bolsonaro tende a produzir, com suas precipitações e arroubos
populistas, a maior oportunidade estratégica para o segmento progressista
realinhar seu discurso e reafirmar seu compromisso com a civilização e o mundo
do direito internacional.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo explica:
"a defesa de Lula deve usar o convite feito por Bolsonaro a Sergio Moro
para o governo —e a resposta do juiz de que se sentiu 'honrado'— para reforçar
em órgãos internacionais a tese de parcialidade do juiz contra o petista".
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