Fernando Haddad
sai da disputa eleitoral como liderança nacional de primeira linha e tem aval
do ex-presidente Lula para ser um dos principais representantes do PT na
política nacional; Lula quer ver Haddad integrado ao círculo de líderes
nacionais do partido, ao lado de Gleisi Hoffmann, Sérgio Gabrielli e Jaques
Wagner
247 - Fernando Haddad sai da
disputa eleitoral como liderança nacional de primeira linha e tem aval do
ex-presidente Lula para ser um dos principais representantes do PT na política
nacional. Lula quer ver Haddad integrado ao círculo de líderes nacionais do
partido, ao lado de Gleisi Hoffmann, Sérgio Gabrielli e Jaques Wagner.
Em reportagem, as jornalistas Catia Seabra
e Maria Dias, da Folha de S.Paulo, destacam a narrativa que vai se
desenhando dentro do PT: "apesar de
derrotado nas eleições presidenciais deste domingo (28), Fernando Haddad tem o
aval do ex-presidente Lula para decidir que tarefa vai assumir à frente do PT
durante o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em
conversas com aliados que o visitaram em Curitiba na semana passada, Lula
recomendou que Haddad seja consultado sobre suas expectativas e como pretende
desempenhar o papel de líder da oposição daqui para frente. Embora a campanha petista tenha sido errática em diversos
momentos e demorado para detectar e reagir à onda pró-Bolsonaro, a avaliação no
partido é que Haddad foi alçado à condição de liderança nacional".
A
leitura do partido é que o "modo Haddad" de se colocar diante do
eleitor foi eficiente, apesar de a vitória não ter acontecido: "com um
discurso que tentou extrapolar o PT e vencer o sentimento antipetista, o
ex-prefeito de São Paulo carregou a militância e atores de fora do espectro do
partido em torno de um discurso único, pela defesa da democracia".
Já
está marcada uma reunião da executiva ampliada para a próxima terça-feira (30),
em São Paulo, onde se discutirá o futuro partidário. Emidio de Souza, que coordenou a campanha de Haddad
ao lado de Gabrielli, irá a Curitiba ouvir as recomendações de Lula.
Auxiliares
de Haddad informam que a ideia inicial do ex-prefeito é insistir na formação de
uma frente democrática que se contraponha a Bolsonaro, sem necessariamente
ocupar um cargo formal no comando do PT.
A
percepção é a de que o volume de apoios na reta final da campanha, como o apoio
de Joaquim Barbosa e Rodrigo Janot, abrem um precedente inédito para o partido
e acenam para uma ova perspectiva de concertação política diante de um país
arrasado economicamente, saturado de tanta polarização e violência eleitoral
por parte da candidatura ultraconservadora.
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