“A candidatura Haddad e Manuela tem compromisso com a
democracia, o que não acontece com essa aberração. A elite ficou dois anos à
procura de um candidato e escolheu o que tem de pior no Congresso Nacional, que
em 28 anos só ofende os nordestinos, as mulheres, os negros. Só tem ódio no
coração”, disse o candidato do PT à presidência da República
Da Rede Brasil Atual – Depois de caminhada por
vários pontos de Fortaleza, o candidato do PT à Presidência da República,
Fernando Haddad, fez comício na Praça do Ferreira, na região central.
Acompanhado da mulher, Ana Estela, saudada aos gritos de "primeira
dama", do governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), da presidenta
do seu partido, Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos, Haddad elogiou os avanços
na educação pública cearense, lembrou visitas ao estado durante o governo de
Luiz Inácio Lula da Silva para a inauguração de universidades e escolas
técnicas federais e reforçou o compromisso de sua candidatura com a democracia.
Seu discurso, porém, foi marcado por duras críticas ao adversário na disputa
deste segundo turno, o candidato Jair Bolsonaro (PSL), que ele chamou de
"aberração".
"A
candidatura Haddad e Manuela tem compromisso com a democracia, o que não
acontece com essa aberração. A elite ficou dois anos à procura de um candidato
e escolheu o que tem de pior no Congresso Nacional, que em 28 anos só ofende os
nordestinos, as mulheres, os negros. Só tem ódio no coração", disse, sendo
interrompido por gritos de #EleNão, #EleNão da multidão que lotou a praça.
Haddad
destacou então o que chamou de "armadilha" em que Bolsonaro caiu esta
semana, referindo-se à reportagem da Folha de S.Paulo desta quinta-feira, sobre
o financiamento ilegal de empresários para custear a produção e distribuição de
fake news contra sua candidatura e seu partido, por meio das redes sociais e do
WhatsApp.
"Montaram
uma organização criminosa. Todo mundo aqui deve conhecer alguém que recebeu
notícias falsas no celular contra mim e Manuela. A armação deles era para a
eleição terminar no primeiro turno para não serem descobertos".
O
petista aproveitou para alfinetar Bolsonaro: "Por que ele foge do debate?
Seu possível ministro da Casa Civil (o ruralista Onyx Lorenzoni) disse que ele
não pode peidar porque fede. Mas há 28 anos ele só vomita barbaridade".
Dirigindo-se
à multidão como "guerreiros que estão aqui com a gente", o
coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) Guilherme
Boulos destacou a "encruzilhada" deste segundo turno.
"O
que estão em jogo é a democracia e os direitos de um lado, e de outro, os
privilégios de quem quer acabar com o 13º e a carteira assinada".
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