sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Corpo é deixado dentro de carro na UFRJ no dia de aula contra o fascismo


Um corpo foi encontrado dentro de um carro, com marcas de tiro, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Centro do Rio, na tarde desta sexta-feira (26); no momento em que o cadáver foi descoberto, o local estava tendo uma aula pública sobre o combate à ditadura e ao fascismo; veículo onde o corpo foi encontrado é um carro branco modelo Sandero, com a placa do Rio de Janeiro e uma marca de tiro na parte traseira; episódio acontece em meio à invasão de quase 30 campus universitários pela PM, PF e Justiça Eleitoral nos últimos dois dias, com ações de repressão e censura a manifestações antifascistas
Rio 247 - Um corpo foi encontrado dentro de um carro, com marcas de tiro, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Centro do Rio, na tarde desta sexta-feira (26).
No momento em que o cadáver foi descoberto, o local estava tendo uma aula pública sobre o combate à ditadura e ao fascismo, organizada pelo Centro Acadêmico e o Diretório Central dos Estudantes da universidade. Segundo o Centro Acadêmico da Faculdade, a vítima não era da faculdade.
Em uma foto postada nas redes sociais do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) da Faculdade de Direito é possível ver o carro onde estava o corpo com policiais do Centro Presente no local, por volta das 13h15 desta sexta. O veículo onde o corpo foi encontrado é um carro branco modelo Sandero, com a placa do Rio de Janeiro, e com marca de tiro na parte traseira.
Não há relação até o momento entre o cadáver encontrado e as ações de combate ao fascismo na UFRJ. 
Episódio ocorre em meio ao recrudescimento da repressão do estado a ações nas universidade. Com a proximidade do segundo turno, fiscais de tribunais eleitorais, policiais federais e militares, sob ordens de juízes ou seguindo a solicitação de estudantes, invadiram universidades públicas em todo o país para interrogar, intimidar e apreender materiais de divulgação, além de ordenar a retirada de comunicados do ar. A prerrogativa usada pelos juízes é a de que os materiais constituem campanha para o candidato Fernando Haddad (PT) (leia mais). 


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