Os diretores do Datafolha Mauro Paulino e Alessandro Janoni
afirmam que o presidenciável Jair Bolsonaro apresenta tendência de queda
em quase todos os segmentos socioeconômicos e demográficos; eles ressaltam que,
apesar de cair em maior proporção entre os jovens, o deputado também desabou em
estratos onde costumava ter desempenho positivo como no Sul, entre os homens,
entre os mais escolarizados e, surpreendentemente, entre os mais ricos; Paulino
e Janoni ainda destacam que o 'viés ditatorial' do candidato foi 'descoberto'
pelo eleitor nessa reta final e que há chances consideráveis de a tendência de
queda em sua candidatura se prolongar até o dia da votação
247 - Os diretores do Datafolha
Mauro Paulino e Alessandro Janoni afirmam que o presidenciável Jair
Bolsonaro apresenta tendência de queda em quase todos os segmentos
socioeconômicos e demográficos. Eles ressaltam que, apesar de cair em maior
proporção entre os jovens, o deputado também desabou em estratos onde costumava
ter desempenho positivo como no Sul, entre os homens, entre os mais
escolarizados e, surpreendentemente, entre os mais ricos. Paulino e Janoni
ainda destacam que o 'viés ditatorial' do candidato foi 'descoberto' pelo
eleitor nessa reta final e que há chances consideráveis de a tendência de queda
em sua candidatura se prolongar até o dia da votação.
A
análise dos diretores do instituto, publicada no jornal Folha de S. Paulo,
destaca que "a diminuição da diferença de Jair Bolsonaro (PSL) para
Fernando Haddad (PT), de 18 para 12 pontos percentuais em curto espaço de tempo
(uma semana), é acentuada em função da dicotomia que caracteriza o cálculo dos
votos válidos nas disputas em segundo turno. São apenas dois candidatos —quando
um ganha, o outro perde na mesma proporção".
Janoni
e Paulino acrescentam: "com isso, ganha importância o contingente de
eleitores sem candidato, isto é, aqueles que pretendem votar em branco, anular
o voto ou se mostram ainda indecisos. A taxa (14%) é recorde para este período
da disputa —em segundos turnos de eleições anteriores chegou no máximo a 10%.
Caso parcela pretenda praticar voto útil, resta saber em que direção a atitude
se dará".
Eles
ainda lembram o estrago feito na candidatura do ex-militar pela reportagem de
Patrícia Campos Mello: "a suspeita de caixa dois na contratação de
serviços de WhatsApp, revelada por esta Folha, por exemplo, chegou ao
conhecimento da maioria dos brasileiros, mas especialmente junto aos que mais
têm recursos para consumir informação –os mais escolarizados e mais ricos,
nichos dominados pelo capitão reformado desde o início da corrida
presidencial".
E,
finalmente, os pesquisadores apontam o autoritarismo como um elemento erosivo
na campanha de olsonaro: "o outro vetor, talvez o principal,
refere-se às turbulências que atingiram "a velocidade de cruzeiro" da
candidatura do PSL desde a última pesquisa há sete dias –episódios que sugerem
intervenções autoritárias em instituições nacionais, protagonizados por
Bolsonaro, por seu filho Eduardo e aliados acabaram por corroborar a campanha
do PT, que o vinha classificando de antidemocrático e violento".
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