Por mais que a mídia alinhada ao golpe tenha tentado
esconder, a grande novidade do Datafolha é a força do PT; segundo a pesquisa,
33% dos eleitores votam com certeza em quem Lula indicar, ou seja, Fernando
Haddad, e 16% podem vir a votar – o que abre espaço até para uma vitória em
primeiro turno; Haddad promete taxar lucros e dividendos, assim como aumentar o
IR dos mais ricos, para distribuir melhor a riqueza; outra promessa é a
democratização da mídia
Infomoney - Os negócios
no mercado brasileiro são, mais uma vez, influenciados pelas expectativas com
as eleições presidenciais. Os investidores repercutem a pesquisa Datafolha
nesta terça-feira (11), que não mostrou o enfraquecimento da esquerda, conforme
era esperado após o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira
(6). Ao mesmo tempo, as bolsas internacionais registram queda, de olho na
tensão comercial entre China e Estados Unidos.
Às 11h38 (horário
de Brasília), o Ibovespa acentuava suas perdas e tinha queda de 2,18%, aos
74.768 pontos. O contrato do dólar com vencimento em outubro registrava ganhos
de 2,09%, cotado a R$ 4,18, e o dólar comercial subia 1,83%, para R$ 4,168 na
venda. O risco-Brasil, medido pelo CDS, e os juros futuros também sobem.
O
Datafolha mostrou aumento dentro da margem de erro para Bolsonaro, que agora
tem 24%, oscilando para cima contra 22% no levantamento de 22 de agosto. Em
segundo lugar, a disputa ficou embolada entre quatro candidatos: Ciro Gomes
(PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT),
provável candidato do PT com a impugnação da candidatura de Lula pelo TSE
(Tribunal Superior Eleitoral).
Vale
destacar a evolução dos nomes nas pesquisas: Ciro apresentou um notável
crescimento, Marina "desidratou", Alckmin chegou aos dois dígitos,
mas com crescimento ainda em ritmo baixo, ao mesmo tempo em que Haddad passou
de 4% na pesquisa de 22 de agosto para 9% no levantamento divulgado ontem. Já
no segundo turno, Bolsonaro não venceria em nenhum dos cenários simulados (veja
a análise clicando aqui).
Ainda
no destaque político, Haddad deve assumir hoje a chapa presidencial do PT, até
19h (de Brasília) quando termina o prazo para que o partido oficialize a troca
de candidato. Além disso, é esperada para essa noite a divulgação de mais uma
pesquisa, do Ibope.
Enquanto
isso, durante a manhã, mais um fator complicador para Alckmin: o seu
correligionário, o ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo
PSDB, foi preso na manhã desta terça-feira pelo Gaeco em Curitiba, no Paraná.
O
cenário externo também não é favorável. O crescente receio sobre as relações
comerciais entre as maiores economias do mundo pressionam as bolsas globais.
Segundo a Reuters, a China pediu autorização à OMC (Organização Mundial do
Comércio) para impor tarifas aos Estados Unidos. A Casa Branca anunciou na
segunda-feira (10) que está coordenando uma segunda reunião entre o presidente
dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Destaques da Bolsa
A
Petrobras registra queda de mais de 2%, a Eletrobras (ELET3 -5,66%;ELET6
-5,85%) tem queda de mais de 3%, enquanto os bancos como Banco do Brasil (BBAS3
-3,94%), Bradesco (BBDC3 -3,73%;BBDC4 -3,57%) e Itaú Unibanco (ITUB4 -3,3%)
caem entre 2% e 3%. Com a alta do dólar comercial, apenas empresas exportadoras
sobem no Ibovespa, caso de Suzano (SUZB3 -1,74%), Fibria (FIBR3 +0,34%) e
Embraer (EMBR3 +0,2%).
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