Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto Brasilis e
divulgada no portal Infomoney traz números muitos bons para o candidato
Fernando Haddad, do PT, que representa o ex-presidente Lula; ele subiu cinco
pontos enquanto seu oponente Jair Bolsonaro caiu três; além disso, Haddad abriu
uma vantagem de oito pontos sobre o candidato extremista, vencendo por 44 a 36
Por Marcos Mortari, no Infomoney – A dez dias do
primeiro turno, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) voltou a crescer
e agora está em situação de empate técnico com o deputado Jair Bolsonaro (PSL),
hospitalizado há 21 dias após ser vítima de um ataque a facada durante ato de
campanha em Juiz de Fora (MG).
É o que mostra
pesquisa instituto Brasilis realizada nos dias 25 e 26 de setembro. De
acordo com o levantamento, Bolsonaro oscilou negativamente 3 pontos percentuais
em relação à semana passada e agora tem 27% das intenções de voto. Já Haddad
saltou de 17% para 22% no mesmo período, diminuindo para 5 pontos percentuais
uma diferença que era de 13. Considerando a soma das margens de erro para cada
candidato, o quadro é de empate técnico. A pesquisa está registrada no TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-00592/2018 e tem margem de erro
de 3,5 p.p. para cima ou para baixo.
"A
nova rodada da pesquisa revela um fortalecimento consistente da candidatura de
Fernando Haddad. Ao mesmo tempo, há sinais de que Bolsonaro passou a sentir
tanto o golpe dos ataques de Alckmin quanto sua ausência da campanha em função
da convalescença da facada", observa o cientista político Alberto Almeida,
sócio-diretor da Brasilis. O resultado da pesquisa reforça a tendência de
segundo turno entre Haddad e Bolsonaro.
Em
outro pelotão, aparecem os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB), com 10% – 3
p.p. a mais do que no último levantamento – e Ciro Gomes (PDT), que oscilou
positivamente de 7% para 8%. A ex-senadora Marina Silva (Rede) apresentou oscilação
negativa de 1 p.p. e agora tem 5% das intenções de voto. O senador Álvaro Dias
(Podemos) e o empresário João Amoêdo (Novo) também apresentaram variação
negativa dentro da margem de erro e têm 3% cada. Considerando a margem máxima
de erro, esses cinco candidatos estão em empate técnico.
"Para que um
dos demais candidatos se torne capaz de ir ao segundo turno, deslocando ou
Bolsonaro ou Haddad, é preciso retirar para si, ao menos, 0,8 ponto percentual
por dia dos candidatos favoritos a se qualificarem para o segundo turno. Não há
sinais consistentes de que isso possa ocorrer", avalia Almeida.
Na
simulação de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o petista aparece à frente
por diferença fora da margem de erro: 44% contra 36%. Uma semana atrás, os dois
empatavam tecnicamente, com o deputado numericamente à frente por placar de 42%
a 40%.
Foram realizadas 1000 entrevistas por telefone em todas as
regiões do país nos dias 25 e 26 de setembro. A margem de erro máxima é de 3,5
pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da
pesquisa é de 95%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais
de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o
resultado se repetir dentro da margem.
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