Cida: governador diz não descartar também pedir o encerramento dos atuais contratos de pedágio (Foto: divulgação) |
A governadora e
candidata à reeleição Cida Borghetti (PP) determinou hoje que a
Procuradoria-geral do Estado ingresse na Justiça com ação pedindo a suspensão
da cobrança de pedágio em todo o Anel de Integração. A medida se baseia nos
fatos apurados pela Operação Integração, na 55ª fase da Lava Jato, que indica
manipulação dos contratos e dos preços das tarifas para atender interesses das
concessionárias. Entre os presos na operação de hoje estão José Pepe Richa
Filho, irmão do ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB) e
ex-secretário de Estado da Infraestrutura, o diretor regional da Associação Brasileira
de Concessões Rodoviárias (ABCR), João Chiminazzo Neto; e representantes
das seis concessionárias que cobram pedágio nas rodovias federais do Paraná:
Econorte, Ecovia, Ecocataratas, Rodonorte, Viapar e Caminhos do Paraná. O primo
de Richa, Luiz Abi, também teve a prisão decretada, mas não foi encontrado por
estar em viagem ao exterior.
“São denúncias muito graves que precisam
ser investigadas a fundo. Enquanto isso ocorre é justo que haja a suspensão da
cobrança do pedágio. Os paranaenses pagam uma tarifa muito alta e há indícios
fortes de manipulação dos preços. Por isso, estamos adotando esta medida e
espero que a Justiça acate”, defendeu Cida Borghetti.
Segundo a governadora, a partir do
pronunciamento da Justiça, não está descartada a possibilidade do governo do
Estado pedir também o encerramento dos atuais contratos. “Vamos aguardar a
manifestação da Justiça sobre o pedido de suspensão. A partir disso, avaliar
outros encaminhamentos para o caso dos pedágios. Mas a possibilidade de pedir o
imediato fim dos contratos também é uma medida que vamos estudar”, disse.
A governadora lembrou que em junho
notificou formalmente as concessionárias do fim dos atuais contratos em 2021.
“Não concordo com este modelo e reforçamos que não haverá possibilidade de
renovação dos contratos. A partir disso, as empresas têm três anos para
entregar tudo que ainda está faltando. Em paralelo, vamos construir junto com a
sociedade um novo modelo”, afirmou Cida.
A PGE deve protocolar a ação nos próximos
dias na Justiça Federal. O argumento é de que a suposta manipulação dos
contratos, envolvendo servidores públicos e empresários, prejudica os usuários.
Na ação, a procuradoria vai pedir para que os serviços de socorro médico e
mecânico, realizados pelas concessionárias, sejam mantidos.
Fonte:
Bem Paraná
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