Foto: TNONLINE/LD |
O poder devastador do crack acarreta consequências
dramáticas das mais variadas formas, como evidencia um júri popular de um
acusado pelo Ministério Público (MP) de sete tentativas homicídio, realizado
nesta terça-feira (14), no Fórum Desembargador Clotário Portugal, na Comarca de
Apucarana. O réu, o apucaranense Carlos José Silveira dos Santos, de 29
anos, é acusado pelo Ministério Público (PM) de sete tentativas de homicídio
ocorridas em 11 de agosto de 2016. A família a e defesa dele afirmam que réu
agiu quando estava sob efeito de crack e, portanto, sem capacidade de
discernimento.
De acordo com a
denúncia do MP, Santos teria se desentendido com a mulher quando estava ao
volante de seu carro, transtornado e para supostamente mostrar que erav capaz
de ato extremo, ele fez uma manobra brusca com seu GM Corsa para atingir
propositalmente uma carreta na Avenida Minas Gerais, próximo ao Posto
Juninho (zona norte de Apucarana), mas acabou atingindo o ciclista Renato
Ribeiro, que ficou gravemente ferido.
Na sequência, ainda de acordo com a
denúncia do MP, o réu ainda teria ido até sua casa, ameaçado familiares com uma
faca, trancado todos num cômodo e ateado fogo na residência. Na oportunidade a
PM foi chamada e Santos acabou preso pela PM.
Versão
do pai do réu
O pai do réu, o funcionário público e bacharel em Direito José Carlos dos
Santos, frisa que o filho agiu sob o efeito de crack e jamais mataria alguém
pela índole que tem. "Quando está são é uma ótima pessoa, mas para
infelicidade de toda a família, caiu na armadilha do crack. Isso acaba não só
com a pessoa, mas também destrói emocionalmente e financeiramente a família e
até os amigos do dependente", afirma. Ele detalha que sua nora e os filhos
inclusive já voltaram a morar com Carlos José Silveira dos Santos e
discorda em alguns pontos da denúncia do MP.
Pobres
condenados a viver na escravidão química
Segundo José Carlos, seu filho precisa de tratamento e não de prisão. "Já
gastamos até o que não podíamos para tratá-lo, mas essa pedra do terror provoca
recaídas e isso arrebenta com ele e família. O Estado não disponibiliza
locais para tratamento efetivo de dependentes químicos e os pobres que caem
nessa armadilha estão condenados a viver na escravidão química". completa
o pai do réu.
Um policial que conhece o réu também
afirmou que ele é uma boa pessoa, mas fica totalmente transtornado quando usa
crack
O
júri
O júri popular desta terça-feira está sob a presidência do juiz Osvaldo Soares
Neto. na acusação atua o promotor de Justiça Eduardo Antônio Cabrini e na
defesa trabalha a advogada Renata Miranda Duarte (defensora pública).
Fonte:
TN Online
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