terça-feira, 14 de agosto de 2018

Réu é julgado em Apucarana por 7 tentativas de homicídio sob efeito de crack

Foto: TNONLINE/LD

O poder devastador do crack acarreta consequências dramáticas das mais variadas formas, como evidencia um júri popular de um acusado pelo Ministério Público (MP) de sete tentativas homicídio, realizado nesta terça-feira (14), no Fórum Desembargador Clotário Portugal, na Comarca de Apucarana. O réu, o apucaranense Carlos José Silveira dos Santos, de 29 anos, é acusado pelo Ministério Público (PM) de sete tentativas de homicídio ocorridas em 11 de agosto de 2016. A família a e defesa dele afirmam que réu agiu quando estava sob efeito de crack e, portanto, sem capacidade de discernimento.
De acordo com a denúncia do MP, Santos teria se desentendido com a mulher quando estava ao volante de seu carro, transtornado e para supostamente mostrar que erav capaz de ato extremo, ele fez uma manobra brusca com seu GM Corsa para atingir propositalmente uma carreta na Avenida Minas Gerais, próximo ao Posto Juninho (zona norte de Apucarana), mas acabou atingindo o ciclista Renato Ribeiro, que ficou gravemente ferido.
Na sequência, ainda de acordo com a denúncia do MP, o réu ainda teria ido até sua casa, ameaçado familiares com uma faca, trancado todos num cômodo e ateado fogo na residência. Na oportunidade a PM foi chamada e Santos acabou preso pela PM.
Versão do pai do réu

O pai do réu, o funcionário público e bacharel em Direito José Carlos dos Santos, frisa que o filho agiu sob o efeito de crack e jamais mataria alguém pela índole que tem. "Quando está são é uma ótima pessoa, mas para infelicidade de toda a família, caiu na armadilha do crack. Isso acaba não só com a pessoa, mas também destrói emocionalmente e financeiramente a família e até os amigos do dependente", afirma. Ele detalha que sua nora e os filhos inclusive já voltaram a morar com Carlos José Silveira dos Santos e discorda em alguns pontos da denúncia do MP.

Pobres condenados a viver na escravidão química

Segundo José Carlos, seu filho precisa de tratamento e não de prisão. "Já gastamos até o que não podíamos para tratá-lo, mas essa pedra do terror provoca recaídas e isso arrebenta com ele e família. O Estado não disponibiliza locais para tratamento efetivo de dependentes químicos e os pobres que caem nessa armadilha estão condenados a viver na escravidão química". completa o pai do réu.

Um policial que conhece o réu também afirmou que ele é uma boa pessoa, mas fica totalmente transtornado quando usa crack
O júri

O júri popular desta terça-feira está sob a presidência do juiz Osvaldo Soares Neto. na acusação atua o promotor de Justiça Eduardo Antônio Cabrini e na defesa trabalha a advogada Renata Miranda Duarte (defensora pública).

Fonte: TN Online

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