O PT entrou na manhã desta quarta-feira com um mandado de
segurança no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) pedindo a
participação do ex-presidente Lula no debate que será realizado pela TV Bandeirantes
na quinta-feira, informaram o partido e o tribunal; um outro pedido para que
Lula participasse do debate já havia sido rejeitado por decisão monocrática de
uma juíza substituta do TRF-4
SÃO PAULO (Reuters) - O PT entrou
na manhã desta quarta-feira com um mandado de segurança no Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4) pedindo a participação do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva no debate que será realizado pela TV Bandeirantes na
quinta-feira, informaram o partido e o tribunal.
O pedido
será analisado pela 4ª Sessão da corte, composta pela 7ª e 8ª Turmas do
tribunal. Um outro pedido para que Lula participasse do debate já havia sido
rejeitado por decisão monocrática de uma juíza substituta do TRF-4.
Lula
está preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para
cumprir pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.
A
sentença foi imposta pela 8ª Turma do TRF-4, um órgão colegiado. A Lei da Ficha
Limpa determina que condenados por decisões colegiadas do Judiciário ficam
inelegíveis. Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de
outubro.
Caso
Lula seja impedido de participar do debate, o PT quer que a Bandeirantes
mantenha no estúdio uma cadeira vazia com o nome do ex-presidente e também
estuda a realização de uma transmissão nas redes sociais com representantes do
partido.
Também
nesta quarta o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),
homologou a desistência da defesa de Lula de uma ação na corte que pedia a
liberdade do ex-presidente.
O
movimento foi feito a pedido do próprio Lula, diante da possibilidade que a
corte julgasse na mesma matéria a inelegibilidade do petista, segundo o
candidato a vice na chapa presidencial petista, Fernando Haddad.
O PT
oficializou a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto em convenção nacional
realizada no último sábado em São Paulo e o partido tem afirmado que insistirá
na postulação do ex-presidente e registrará a candidatura dele junto à Justiça
Eleitoral no dia 15 de agosto, limite do prazo legal para isso.
Uma
fonte disse à Reuters na semana passada que, caso confirmada a provável
impugnação da candidatura de Lula, Haddad o substituirá na cabeça de chapa.
A
deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila, do PCdoB, assumirá a vaga de vice
após o destino de Lula ser decidido pela Justiça Eleitoral.
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