O Partido Novo apresenta-se como organização de
"cidadãos comuns", mas seus líderes pertencem à casta do 1%,
milionários com ganhos às custas da dívida pública brasileira; o lider/dono é o
banqueiro João Amoêdo, que declarou ao TSE uma fortuna de R$ 425 milhões; o
candidato ao governo do Rio tem patrimônio de R$ 82 milhões; o de MG, R$ 70
milhões; o do RS, R$ 26 milhões; o "pobretão" de SP, R$ 9 milhões; R$
612 milhões só os cinco
247 - Os cinco principais candidatos do Partido Novo nestas
eleições têm fortuna superior a R$ 600 milhões, o que coloca todos no topo da
pirâmide social brasileira, no extrato do 1% dos mais ricos do país, todos
ganhando dinheiro fortunas como rentistas. Todos recebem fortunas do Estado,
como resultado do pagamento dos escorchantes juros da dívida pública
brasileira, enquanto os recursos aos mais pobres são cortados como nunca na
história. O partido apresenta-se como a sigla do "cidadão comum", mas
é um clube de milionários de direita. Jóias, jatinhos, imóveis e aplicações no
mercado financeiro são a face visível da fortuna dos "novos",
apresentada ao TSE e TREs.
Veja abaixo a fortuna declarada
dos principais lideres do Partido Novo:
João Amoêdo, candidato à Presidência da República, banqueiro - R$ 425
milhões. Mais da metade desta fortuna está em aplicações de renda fixa, em
geral ancoradas do títulos da dívida pública, cuja rentabilidade advém da
arrecadação de impostos arrecadados dos mais pobres do país. O banqueiro foi
diretor-executivo e sócio da financeira Fináustria, do banco BBA-Creditansalt,
depois vendida ao Banco Itaú, do qual tornou-se sócio e membro do Conselho de
Administração do Itaú. Foi também diretor-executivo do BBA e foi
vice-presidente do Unibanco.
Marcelo Trindade, candidato ao governo do Rio de Janeiro, advogado
e ex-presidente da CVM - R$ 82,9 milhões. A maior parte
do patrimônio, cerca de R$ 66 milhões, está aplicada em fundos de investimento
ou previdência e quotas societárias. Entre esses investimentos, uma conta
bancária no exterior com R$ 435,8 mil. Além de seis imóveis no valor aproximado
de R$ 14,9 milhões, dois veículos de cerca de R$ 205 mil e joias, obras de arte
ou objetos de coleção de aproximadamente R$ 1,7 milhão.
Romeu Zema, candidato ao governo de
Minas, empresário- R$ 69,7 milhões, dos quais mais de R$ 60
milhões são em "quotas ou quinhões de capital" e o restante em
"depósitos, investimentos, fundos e poupança", além de imóveis e
veículo. É dono de uma rede de varejo com 440 lojas no interior do estado
e mais 360 postos de combustíveis. O vice na chapa, também empresário, Paulo
Brant, informou ter quase R% 2 milhões em bens.
Mateus Bandeira, ex-presidente do Banrisul - R$ 26 milhões, o
candidato, que recebeu patrocínio do bilionário João Paulo Leman, tem boa parte
de sua fortuna ancorada em ganhos sobre a dívida pública do país: quase a
metade do seu patrimônio está alocada em aplicações de renda fixa. Um
apartamento está declarado pelo valor de R$ 3,4 milhões. Ex-presidente de
banco, ele indica duas contas bancárias: uma com depósito de R$ 10,00 e outra
de pouco mais de R$ 3 mil.
Rogério Chequer, candidato ao governo de São Paulo, empresário - R$ 9
milhões. O mais "pobre" dos candidatos multimilionários do Partido
Novo foi executivo do Deutsche Bank e tornou-se conhecido como líder do
movimento de direita "Vem Pra Rua". Seus bens declarados estão
espalhados entre participações societárias, aplicações financeiras, um
apartamento no valor de R$ 1,7 milhão e um avião de valor equivalente.
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