terça-feira, 14 de agosto de 2018

Partido Novo: a sigla dos candidatos multimilionários de direita


O Partido Novo apresenta-se como organização de "cidadãos comuns", mas seus líderes pertencem à casta do 1%, milionários com ganhos às custas da dívida pública brasileira; o lider/dono é o banqueiro João Amoêdo, que declarou ao TSE uma fortuna de R$ 425 milhões; o candidato ao governo do Rio tem patrimônio de R$ 82 milhões; o de MG, R$ 70 milhões; o do RS, R$ 26 milhões; o "pobretão" de SP, R$ 9 milhões; R$ 612 milhões só os cinco
247 - Os cinco principais candidatos do Partido Novo nestas eleições têm fortuna superior a R$ 600 milhões, o que coloca todos no topo da pirâmide social brasileira, no extrato do 1% dos mais ricos do país, todos ganhando dinheiro fortunas como rentistas. Todos recebem fortunas do Estado, como resultado do pagamento dos escorchantes juros da dívida pública brasileira, enquanto os recursos aos mais pobres são cortados como nunca na história. O partido apresenta-se como a sigla do "cidadão comum", mas é um clube de milionários de direita. Jóias, jatinhos, imóveis e aplicações no mercado financeiro são a face visível da fortuna dos "novos", apresentada ao TSE e TREs.
Veja abaixo a fortuna declarada dos principais lideres do Partido Novo:
João Amoêdo, candidato à Presidência da República, banqueiro - R$ 425 milhões. Mais da metade desta fortuna está em aplicações de renda fixa, em geral ancoradas do títulos da dívida pública, cuja rentabilidade advém da arrecadação de impostos arrecadados dos mais pobres do país. O banqueiro foi diretor-executivo e sócio da financeira Fináustria, do banco BBA-Creditansalt, depois vendida ao Banco Itaú, do qual tornou-se sócio e membro do Conselho de Administração do Itaú. Foi também diretor-executivo do BBA e foi vice-presidente do Unibanco.
Marcelo Trindade, candidato ao governo do Rio de Janeiro, advogado e ex-presidente da CVM - R$ 82,9 milhões. A maior parte do patrimônio, cerca de R$ 66 milhões, está aplicada em fundos de investimento ou previdência e quotas societárias. Entre esses investimentos, uma conta bancária no exterior com R$ 435,8 mil. Além de seis imóveis no valor aproximado de R$ 14,9 milhões, dois veículos de cerca de R$ 205 mil e joias, obras de arte ou objetos de coleção de aproximadamente R$ 1,7 milhão.
Romeu Zema, candidato ao governo de Minas, empresário-  R$ 69,7 milhões, dos quais mais de R$ 60 milhões são em "quotas ou quinhões de capital" e o restante em "depósitos, investimentos, fundos e poupança", além de imóveis e veículo. É dono de uma rede de varejo com 440 lojas no interior do estado e mais 360 postos de combustíveis. O vice na chapa, também empresário, Paulo Brant, informou ter quase R% 2 milhões em bens. 
Mateus Bandeira, ex-presidente do Banrisul - R$ 26 milhões, o candidato, que recebeu patrocínio do bilionário João Paulo Leman, tem boa parte de sua fortuna ancorada em ganhos sobre a dívida pública do país: quase a metade do seu patrimônio está alocada em aplicações de renda fixa. Um apartamento está declarado pelo valor de R$ 3,4 milhões. Ex-presidente de banco, ele indica duas contas bancárias: uma com depósito de R$ 10,00 e outra de pouco mais de R$ 3 mil.
Rogério Chequer, candidato ao governo de São Paulo, empresário - R$ 9 milhões. O mais "pobre" dos candidatos multimilionários do Partido Novo foi executivo do Deutsche Bank e tornou-se conhecido como líder do movimento de direita "Vem Pra Rua". Seus bens declarados estão espalhados entre participações societárias, aplicações financeiras, um apartamento no valor de R$ 1,7 milhão e um avião de valor equivalente.

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