Abaixo, confira um guia de perguntas e respostas para esclarecer as principais questões envolvendo o uso do árbitro de vídeo
Divulgação / FIFA |
Pela primeira vez em competições nacionais organizadas pela
CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o sistema de árbitro de vídeo (VAR)
será utilizado para auxiliar as marcações dos juízes. A tecnologia estreia
nesta quarta-feira (1º), quando será realizada as partidas de ida das quartas
de final da Copa do Brasil.
O primeiro jogo
com o sistema será o confronto entre Santos e Cruzeiro, marcado para 19h30, na
Vila Belmiro. Às 21h45, outros dois duelos: Corinthians x Chapecoense e Grêmio
x Flamengo. Na quinta-feira (2), o Palmeiras visita o Bahia.
No
Brasil, a tecnologia foi testada no ano passado na final do Campeonato
Pernambucano entre Sport x Salgueiro.
Abaixo,
confira um guia de perguntas e respostas para esclarecer as principais questões
envolvendo o uso do árbitro de vídeo.
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Árbitro e VAR conversam o tempo inteiro?
O
fone do árbitro e o microfone do VAR estão abertos o tempo todo, mas isso não
significa que durante todo o jogo um esteja falando com o outro. A comunicação
é feita apenas para avisar em lances que estão sob checagem que pode levar a
uma revisão.
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Existe um idioma universal do VAR, como na aviação?
Há
alguns comandos preestabelecidos a serem dados para indicar revisão. É uma
linguagem direta e objetiva.
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Ninguém sabe o que é dito entre juiz e VAR?
A
comunicação só é ouvida pelo árbitro, assistentes em campo e por quem está na
sala do VAR, localizada no estádio onde será realizada cada partida.
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Quais as diferenças do VAR utilizado na Copa do Mundo e na Copa do Brasil?
No
Mundial da Rússia, foram utilizadas entre 33 e 35 câmeras. Na Copa do Brasil,
serão de 14 a 16. Na Copa, quatro pessoas trabalhavam na sala do VAR, enquanto
no Brasil são três.
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O VAR avalia todos os lances durante o jogo?
O
VAR assiste ao jogo na íntegra. Ele avalia pênaltis marcados e não marcados,
impedimentos, lances de cartão vermelho direto aplicados ou não aplicados
e identificação do jogador na punição de cartão.
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Tudo é gravado?
Sim,
para ser avaliado depois pela comissão de arbitragem. O sistema será alimentado
com as imagens da transmissão da TV Globo -utilizadas também pela Fox-, dona
dos direitos de exibição do torneio. Os clubes têm direito de pedir o áudio e o
vídeo.
-
O árbitro de campo pode chamar o VAR?
Pode
consultar caso haja dúvida em alguma marcação para pedir revisão.
-
Quantos são os auxiliares de vídeo?
No
Brasil, as equipes são formadas por três pessoas: um árbitro de vídeo
principal, um assistente e um supervisor. Na Copa do Mundo, foram quatro
pessoas.
-
Como os auxiliares de vídeo foram preparados?
Foram
implementadas mais de 400 horas de treinamento para mais de 80 árbitros e
assistentes, que passaram por aulas teóricas, simulações ao vivo, treinos com
reprises de jogos e testes off-line em seis estádios diferentes. Além disso,
testes foram realizados em cerca de 50 jogos amistosos.
-
De quem é a decisão final, do árbitro do campo ou do auxiliar de vídeo?
Sempre do árbitro
de campo. Para os lances interpretativos, o auxiliar de vídeo passará a
opinião, e o de campo tomará a decisão, podendo consultar ou não o monitor.
-
O árbitro do campo pode rever o lance no monitor?
A
Fifa recomenda que apenas lances de interpretação devam ser revistos pelo
árbitro no monitor. Um exemplo: quando houve uma mão na bola, se ela foi de
forma intencional ou não. Em lances não interpretativos não é necessário, como
para determinar se a bola saiu ou não de campo ou confusão de identidade de
jogadores.
-
O VAR auxilia em qualquer lance de cartão?
Não,
apenas em incidentes passíveis de cartão vermelho.
-
Como em outros esportes, jogadores e comissão técnica podem pedir ajuda do VAR?
Não,
isso é proibido. Jogadores que insistirem no gesto indicando uma televisão
(usado pelo juiz para indicar que pediu auxílio do VAR) podem inclusive serem
punidos com cartão.
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Até quando o árbitro pode mudar uma marcação de campo por decisão do VAR?
Depende do tipo de
lance. Nos casos de pênaltis ou de infrações que resultem em um gol, a revisão
precisa acontecer antes ou, no máximo, até antes do reinício da primeira
interrupção do jogo após o lance polêmico. Nos casos de erro de identificação
de jogador ou incidente punível com cartão vermelho ou amarelo a revisão pode
acontecer a qualquer momento.
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Existe um tempo limite para a tomada de decisão quando o árbitro corre para a
TV ao lado do campo?
Não
existe um limite, mas a tendência, pelos estudos e testes feitos, é que as
decisões levem entre 30 segundos e um minuto, contando desde o anúncio de que a
jogada está sob revisão até a decisão final do árbitro.
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Existe um limite de vezes que o VAR pode ser acionado durante um jogo?
O
VAR pode ser acionado quantas vezes forem necessárias durante o jogo. Sempre
caberá ao assistente de vídeo avisar ao árbitro se é necessária uma revisão.
-
O árbitro pode mudar a finalidade de um pedido de VAR? Por exemplo, pede por
causa de uma dúvida de impedimento, mas, ao rever as imagens, detecta um
pênalti.
Sim,
ao consultar o VAR pode haver mudança da finalidade. Por exemplo: se em uma
jogada de disputa dentro da área, antes do impedimento houver um pênalti, mas
só o impedimento tiver sido marcado originalmente, o assistente de vídeo pode
apontar que houve um pênalti e ele será cobrado normalmente.
-
O que acontece se um jogador tirar a camisa para comemorar um gol, receber o
amarelo e o gol for anulado pelo VAR?
O
cartão amarelo será mantido mesmo que o gol seja anulado, pois consiste em uma
atitude antidesportiva.
-
Qual a recomendação para os bandeirinhas em caso de dúvida em um impedimento?
A
recomendação é para não levantarem a bandeira e deixarem o lance seguir, pois
assim será possível fazer uma revisão do lance para anular ou não caso ele
resulte em gol.
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