quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Militantes em greve de fome recebem apoio de Evo Morales e Vigília Lula Livre


Protesto começou na terça (31) reivindicando Justiça no STF e a soltura de Lula (PT)

Grevistas recebendo apoio de parlamentares e populares durante
ato no STF, nessa quarta (1º) / Adi Spezia/MPA


Neste terceiro dia de protesto, os seis militantes de movimentos populares que estão em greve de fome em Brasília por Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) e, principalmente, pela soltura do ex-presidente Lula (PT) já contam com novas demonstrações públicas de apoio.  
Nessa quarta-feira (1º), o presidente da Bolívia, Evo Morales, cumprimentou o grupo por meio de seu perfil no Twitter. Ele também destacou o caráter político da prisão do petista.
“Saudamos os seis irmãos militantes de movimentos sociais do Brasil que iniciaram a greve de fome para pedir a libertação do irmão Lula, preso político da oligarquia imperialista por ter levado comida à mesa de 30 milhões de pobres”, diz o post, na íntegra e em tradução literal.
Nesta quinta (2), foi a vez dos grevistas receberem o apoio formal da Vigília Lula Livre, que concentra, em Curitiba (PR), um grupo de diferentes militantes organizados a favor da  democracia e contra a prisão política do ex-presidente Lula, na sede da Polícia Federal na capitla paranaense.
Em nota, os participantes destacaram que a ação dos grevistas fortalece a resistência em Curitiba, que, desde o dia da detenção de Lula, em 7 de abril, recebe diversos atores políticos e sociais, incluindo personalidades internacionais, para atividades de apoio ao ex-presidente.  
“Com o pensamento nesses militantes dedicados à causa do povo brasileiro, seguimos na resistência ao lado do presidente, há quase 120 dias, e sabemos que a conjuntura imprime muitas dificuldades, mas que [elas] devem ser superadas com organização, lutas, formação e informação”, enfatizaram na nota.
A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (PR), também demonstrou solidariedade aos grevistas. Nesta quinta, ela visitou o grupo e destacou a importância do protesto.
“É uma ação que tem muito significado não só pro presidente Lula, pra liberdade dele, mas pro povo brasileiro, porque é um momento de extrema dor pro nosso povo, que está sofrendo, está infeliz. Então, fazer uma greve de fome é chamar a atenção para a essa situação”, completou.
A declaração da senadora é uma referência a um dos pontos de reivindicação dos grevistas, que, além de pedirem a soltura do ex-presidente, denunciam o retorno do Brasil ao Mapa da Fome, do qual o país tinha saído em 2014.    
Greve
O protesto teve início na ultima terça (31), em Brasília, logo após o protocolo do manifesto “Greve de fome por justiça no STF” no Supremo.
Os militantes que integram o grupo são ligados à Central dos Movimentos Populares (CMP), ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), mas a mobilização grevista resulta de uma articulação com outros vários segmentos populares.  
Os grevistas são os militantes Jaime Amorim, Vilmar Pacífico e Zonália Santos (MST); Rafaela Alves e Frei Sérgio Görgen (MPA); e Luiz Gonzaga Silva, conhecido como Gegê (CMP).  

Confira a nota da Vigília Lula Livre na íntegra: 
NOTA DA VIGÍLIA LULA LIVRE
Em apoio aos lutadores e lutadoras em greve de fome em Brasília
A Vigília Lula Livre expressa o apoio e solidariedade aos seis lutadores e lutadoras do povo que no dia 31 de julho iniciaram uma greve de fome em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e de lá se colocam para sair apenas com o cumprimento da Constituição e a liberdade de Lula, condenado e preso injustamente, sem direito a todos os recursos de defesa.
Com o pensamento nesses militantes dedicados à causa do povo brasileiro, seguimos na resistência ao lado do presidente, a quase 120 dias, e sabemos que a conjuntura imprime muitas dificuldades, mas que devem ser superadas com organização, lutas, formação e informação.
Por isso, enviamos nossos pensamentos, braços e ombros aos companheiros Vilmar Pacífico, Jaime Amorim e Zonália Santos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e Luiz Gonzaga (Gegê), da Central de Movimentos Populares (CMP).
O gesto da greve de fome foi recebido logo de início com violência no espaço que deveria resguardar nossos direitos e a Constituição! A guarda privada do prédio do STF agrediu os manifestantes.
Porém, não podem nos impedir e este agosto será de lutas! Na mesma semana a Vigília Lula Livre recebe a Caravana do Semiárido Contra a Fome, vinda de Pernambuco. No dia 10 de agosto em todo o país é o dia do Basta! Com mobilizações e paralisações. Entre 10 e 15 de agosto, a Marcha Nacional Lula Livre parte rumo à Brasília para que milhares compareçam ao registro da candidatura de Lula.
Seguiremos, neste posto da defesa de Lula, organizados e mantendo viva a chama de um Brasil soberano e popular.
Curitiba, 2 de agosto de 2018, 
Vigília Lula Livre.
Fonte: Brasil de Fato

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