Protesto começou na terça (31) reivindicando
Justiça no STF e a soltura de Lula (PT)
Grevistas
recebendo apoio de parlamentares e populares durante
ato no STF, nessa quarta (1º) / Adi Spezia/MPA
Neste terceiro dia
de protesto, os seis militantes de movimentos populares que estão em greve de
fome em Brasília por Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF)
e, principalmente, pela soltura do ex-presidente Lula (PT) já contam com
novas demonstrações públicas de apoio.
Nessa
quarta-feira (1º), o presidente da Bolívia, Evo Morales, cumprimentou o grupo
por meio de seu perfil no Twitter. Ele também destacou o caráter político da
prisão do petista.
“Saudamos
os seis irmãos militantes de movimentos sociais do Brasil que iniciaram a greve
de fome para pedir a libertação do irmão Lula, preso político da oligarquia
imperialista por ter levado comida à mesa de 30 milhões de pobres”, diz o post,
na íntegra e em tradução literal.
Nesta
quinta (2), foi a vez dos grevistas receberem o apoio formal da Vigília Lula
Livre, que concentra, em Curitiba (PR), um grupo de diferentes militantes
organizados a favor da democracia e contra a prisão política
do ex-presidente Lula, na sede da Polícia Federal na capitla paranaense.
Em
nota, os participantes destacaram que a ação dos grevistas fortalece a
resistência em Curitiba, que, desde o dia da detenção de Lula, em 7 de abril,
recebe diversos atores políticos e sociais, incluindo personalidades
internacionais, para atividades de apoio ao ex-presidente.
“Com o
pensamento nesses militantes dedicados à causa do povo brasileiro, seguimos na
resistência ao lado do presidente, há quase 120 dias, e sabemos que a
conjuntura imprime muitas dificuldades, mas que [elas] devem ser superadas com
organização, lutas, formação e informação”, enfatizaram na nota.
A
presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (PR),
também demonstrou solidariedade aos grevistas. Nesta quinta, ela visitou o
grupo e destacou a importância do protesto.
“É uma
ação que tem muito significado não só pro presidente Lula, pra liberdade dele,
mas pro povo brasileiro, porque é um momento de extrema dor pro nosso povo, que
está sofrendo, está infeliz. Então, fazer uma greve de fome é chamar a atenção
para a essa situação”, completou.
A
declaração da senadora é uma referência a um dos pontos de reivindicação dos
grevistas, que, além de pedirem a soltura do ex-presidente, denunciam o retorno
do Brasil ao Mapa da Fome, do qual o país tinha saído em 2014.
Greve
O
protesto teve início na ultima terça (31), em Brasília, logo após o protocolo
do manifesto “Greve de fome por justiça no STF” no Supremo.
Os
militantes que integram o grupo são ligados à Central dos Movimentos Populares
(CMP), ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e ao Movimento dos
Pequenos Agricultores (MPA), mas a mobilização grevista resulta de uma
articulação com outros vários segmentos populares.
Os
grevistas são os militantes Jaime Amorim, Vilmar Pacífico e Zonália Santos
(MST); Rafaela Alves e Frei Sérgio Görgen (MPA); e Luiz Gonzaga Silva,
conhecido como Gegê (CMP).
Confira a nota da Vigília Lula
Livre na íntegra:
NOTA DA VIGÍLIA LULA LIVRE
Em apoio aos lutadores e lutadoras em
greve de fome em Brasília
A Vigília Lula Livre expressa o apoio e
solidariedade aos seis lutadores e lutadoras do povo que no dia 31 de julho
iniciaram uma greve de fome em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e de lá
se colocam para sair apenas com o cumprimento da Constituição e a liberdade de
Lula, condenado e preso injustamente, sem direito a todos os recursos de defesa.
Com o pensamento nesses militantes
dedicados à causa do povo brasileiro, seguimos na resistência ao lado do
presidente, a quase 120 dias, e sabemos que a conjuntura imprime muitas
dificuldades, mas que devem ser superadas com organização, lutas, formação e
informação.
Por isso, enviamos nossos pensamentos,
braços e ombros aos companheiros Vilmar Pacífico, Jaime Amorim e Zonália
Santos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Frei Sérgio
Görgen e Rafaela Alves, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e Luiz
Gonzaga (Gegê), da Central de Movimentos Populares (CMP).
O gesto da greve de fome foi recebido
logo de início com violência no espaço que deveria resguardar nossos direitos e
a Constituição! A guarda privada do prédio do STF agrediu os manifestantes.
Porém, não podem nos impedir e este
agosto será de lutas! Na mesma semana a Vigília Lula Livre recebe a Caravana do
Semiárido Contra a Fome, vinda de Pernambuco. No dia 10 de agosto em todo o
país é o dia do Basta! Com mobilizações e paralisações. Entre 10 e 15 de
agosto, a Marcha Nacional Lula Livre parte rumo à Brasília para que milhares
compareçam ao registro da candidatura de Lula.
Seguiremos, neste posto da defesa de
Lula, organizados e mantendo viva a chama de um Brasil soberano e popular.
Curitiba, 2 de agosto de 2018,
Vigília
Lula Livre.
Fonte:
Brasil de Fato
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