Em coletiva de imprensa em São Paulo, a candidata a
vice-presidente na chapa do PT, Manuela D´Ávila, afirmou que ela será alguém
"como é hoje, do povo", caso seja eleita; "Vou auxiliar o
presidente, eu jamais faria qualquer traição", assegurou, lembrando o
exemplo de Michel Temer, que traiu Dilma Rousseff, deposta por um golpe;
Fernando Haddad, atual candidato a vice, declarou ser preciso "resgatar o
Brasil"; "O Brasil quer voltar a sorrir", disse
247 - "Quem
vai tirar Temer do Jaburu sou eu", afirmou nesta terça-feira (7)
a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D'Ávila (PCdoB).
"A unidade é a única forma de vencermos a eleição, juntos somos mais
fortes", acrescentou, durante coletiva de imprensa em São Paulo, concedida
junto com Fernando Haddad, candidato a vice-presidente pelo PT, com Lula na
cabeça de chapa.
Haddad
será registrado como candidato a vice-presidente de Lula no dia 15 de agosto
pelo PT. Em caso de impugnação da candidatura Lula pela Justiça Eleitoral,
Manuela será a vice de Haddad.
Após
destacar o papel do vice, Manuela pediu para as pessoas verem o exemplo de José
Alencar, que foi vice nos dois mandatos do ex-presidente Lula. "Eu serei
alguém como sou hoje, do povo, vou auxiliar o presidente, eu jamais faria
qualquer traição ao presidente", assegurou. "O exemplo do último vice
é que é péssimo: traiu a presidente para depois trair o Brasil", disparou,
em referência a Michel Temer.
A
deputada ressaltou que a sua coligação não quer desavenças com o presidenciável
Ciro Gomes (PDT). "O nosso compromisso é com o diálogo. Não quero pegar
votos de Ciro, mas dos indecisos", disse. "Da minha parte e de
Haddad, não existirá agressão ao Ciro", acrescentou.
Manuela
voltou a criticar o machismo na política. "Quando a vice de Alckmin é
indicada, isso é motivo de festa, quando eu sou indicada a vice, sou vítima de
machismo. Isso é medo de mulher na vice-presidência", disse, citando o
caso da senadora Ana Amélia.
A
parlamentar disse ainda que "o desenvolvimento do Brasil será nossa
prioridade".
Na
coletiva, o ex-prefeito afirmou que "não existe projeto pessoal".
"Precisamos resgatar o Brasil. O Brasil quer voltar a sorrir",
disse. "Estou seguindo o exemplo da Manu, eu sou candidato em defesa da
unidade", acrescentou.
Questionado
sobre a falta de apelo em sua candidatura, Haddad respondeu: "Tem um
montão de candidato sem sal por aí, vá perguntar para eles".
Haddad,
que também é coordenador do programa de governo de Lula, aproveitou para
defender a democratização da comunicação. "Queremos mais vozes se
manifestando e mais liberdade de expressão. Sempre tem uma família dona de um
meio de comunicação importante, só existe uma opinião no Brasil", avaliou.
"Queremos radicalizar a democracia".
Convergindo
sua posição com a de Haddad, Manuela disse que "pensar comunicação é
pensar em diversas reformas".
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