Um dos articuladores do golpe que acabou por dizimar seu
partido, FHC agora ensaia apoiar o PT num eventual segundo turno contra
Bolsonaro; nos bastidores, o ex-presidente já jogou a toalha e considera a
situação de Alckmin irreversível, apesar de publicamente falar em apoio mútuo
entre os dois partidos para o candidato que passar ao segundo turno contra o
candidato da extrema-direita
247 - O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,um dos articuladores do golpe contra
Dilma Roussef e que viu seu partido ser quase dizimado em consequência do
ataque à democracia, agora ensaia apoiar o PT num eventual segundo turno contra
o candidato fascista Jair Bolsonaro. Em entrevista à rádio Jovem Pan, uma das
mais estridentes vozes do golpe em São Paulo, FHC admitiu: "Espero que o
PSDB vá para o segundo turno e acho que o PT espera a mesma coisa, mas
dependendo das circunstâncias, eu não teria nenhuma objeção a isso", disse
ele em referência a uma frente contra Bolsonaro. Como líder tucano, ele não
descarta a hipótese de Alckmin estar no segundo turno. Mas, nos bastidores,
Fernando Henrique já jogou a toalha.
Alckmin
continua atolado ao redor de 5% do eleitorado. Pesquisa CUT/Vox Populi,
divulgada no final do mês passado, apontou o tucano em quarto lugar, com 4%,
empatado com a ex-senadora Marina Silva (Rede). Lula ficou em primeiro, com
41%, seguido por Bolsonaro (12%) e pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 5%. (veja mais aqui). Em seu reduto eleitoral, o
estado de São Paulo, ele não passa do terceiro lugar, atrás de Lula e
Bolsonaro.
FHC
disse que não vê com bons olhos a polarização entre PT e PSDB: "Eu acho
bom mesmo é ter mais abertura, discutir, variar. Democracia é assim, eu não sou
favorável a um estado de beligerância permanente". A frase é defasada,
pois com o desmantelamento tucano, a polarização está encerrada e hoje o país
está dividido não mais entre PT e PSDB, mas entre PT e Bolsonaro.
O
ex-presidente também afirmou que o PT está "fazendo um esforço de
divulgação da proposta do partido e do próprio ex-presidente Lula", mas
que o PT sabe "que o resultado vai ser o que a lei manda. É inelegível,
não tem jeito", acrescentou; enquanto FHC concedia a entrevista, nesta
quarta (15), milhares de pessoas registravam a candidatura de Lula no TSE.
Leia aqui.
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