Embaixador do Brasil na França durante os governos FHC,
Marcos Azambuja reconheceu que a saída da pior crise política e econômica que
atravessa o País passa pela liberdade do ex-presidente Lula; "O Brasil só
vai voltar a crescer e a imagem do país só vai melhorar quando Lula for
solto", disse Azambuja ao jornal Valor
247 - Em uma longa
entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira, 10, o
embaixador Marcos Azambuja, ligado ao PSDB, reconheceu que a finalização da
pior crise política e econômica que atravessa o País passa pela liberdade do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Leia um trecho da conversa:
"O
Brasil, conclui, é muito melhor do que achamos e muito pior do que suspeitamos.
'Não conheço quase ninguém, falando novamente de Brasil, que julgue viver pior
hoje do que vivia 30 anos atrás.' Mas e se o relógio do tempo voltar cinco
anos, a percepção não é de perda? A resposta a essa pergunta vem com a
afirmação mais surpreendente de toda a conversa: 'O Brasil só vai voltar a
crescer e a imagem do país só vai melhorar quando Lula for solto'.
Marcos
Azambuja não participou da formulação da política externa do governo Luiz
Inácio Lula da Silva, sobre a qual ainda hoje guarda reservas. Não tem
militância de esquerda, nunca votou em Lula nem pretende fazê-lo. Ao longo dos
últimos meses, ex-presidentes e ex-primeiro-ministros de quatro países
europeus, entre os quais José Luiz Zapatero (Espanha), François Hollande
(França), Massimo D'Alema (Itália) e Elio Di Rupo (Bélgica), subscreveram um
documento pela libertação de Lula. Até o papa Francisco fez um gesto de boa
vontade ao enviar uma bênção ao ex-presidente. Azambuja, no entanto, não cita
nomes ou conversas para sustentar sua convicção. Simplesmente não vê como o
Brasil possa retomar sua rota sem uma conciliação e não há como fazê-la com o
ex-presidente preso."
Marcos
Azambuja foi embaixador do Brasil na França (1997-2003) e na Argentina
(1992-1997), Secretário-Geral do Itamaraty (1990-1992), Coordenador da
Conferência Rio 92 e Chefe da Delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento
e Direitos Humanos, em Genebra (1989-1990).
Leia o
texto na íntegra no Valor Econômico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário