sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Embaixador tucano diz que Brasil só voltará a crescer quando Lula for solto


Embaixador do Brasil na França durante os governos FHC, Marcos Azambuja reconheceu que a saída da pior crise política e econômica que atravessa o País passa pela liberdade do ex-presidente Lula; "O Brasil só vai voltar a crescer e a imagem do país só vai melhorar quando Lula for solto", disse Azambuja ao jornal Valor
247 - Em uma longa entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira, 10, o embaixador Marcos Azambuja, ligado ao PSDB, reconheceu que a finalização da pior crise política e econômica que atravessa o País passa pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Leia um trecho da conversa:
"O Brasil, conclui, é muito melhor do que achamos e muito pior do que suspeitamos. 'Não conheço quase ninguém, falando novamente de Brasil, que julgue viver pior hoje do que vivia 30 anos atrás.' Mas e se o relógio do tempo voltar cinco anos, a percepção não é de perda? A resposta a essa pergunta vem com a afirmação mais surpreendente de toda a conversa: 'O Brasil só vai voltar a crescer e a imagem do país só vai melhorar quando Lula for solto'.
Marcos Azambuja não participou da formulação da política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a qual ainda hoje guarda reservas. Não tem militância de esquerda, nunca votou em Lula nem pretende fazê-lo. Ao longo dos últimos meses, ex-presidentes e ex-primeiro-ministros de quatro países europeus, entre os quais José Luiz Zapatero (Espanha), François Hollande (França), Massimo D'Alema (Itália) e Elio Di Rupo (Bélgica), subscreveram um documento pela libertação de Lula. Até o papa Francisco fez um gesto de boa vontade ao enviar uma bênção ao ex-presidente. Azambuja, no entanto, não cita nomes ou conversas para sustentar sua convicção. Simplesmente não vê como o Brasil possa retomar sua rota sem uma conciliação e não há como fazê-la com o ex-presidente preso."
Marcos Azambuja foi embaixador do Brasil na França (1997-2003) e na Argentina (1992-1997), Secretário-Geral do Itamaraty (1990-1992), Coordenador da Conferência Rio 92 e Chefe da Delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos, em Genebra (1989-1990).
Leia o texto na íntegra no Valor Econômico.


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