sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Delatores da Odebrecht afirmam que pagaram caixa 2 a Beto Richa

Foto: Orlando Kissner/ANPr
Segundo reportagem divulgada pelo site G1, dois delatores da Odebrecht afirmaram que pagaram milhões em caixa dois para a campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB), ao governo do Paraná, em troca de favorecimento para a empreiteira em uma licitação.
Os depoimentos foram obtidos com exclusividade pela RPC e são referentes ao processo em que Richa responde por ter cometido crimes no processo de licitação para a duplicação da PR-323, entre Maringá e Umuarama, no noroeste do Paraná.
Luis Antonio Bueno Junior afirmou que pediu apoio ao ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, também investigado no inquérito, para que outras empresas interessadas na obra não apresentassem propostas de delação. Nos dias seguintes, Roldo teria procurado Bueno e afirmado que ajudaria a empreiteira, mas que contaria com a ajuda da Odebrecht para a campanha de reeleição do então governador.
O contrato firmado para a obra foi de R$ 1,2 bilhão, mas a duplicação nunca aconteceu.
O outro delator, engenheiro da Odebrecht, Luciano Ribeiro Pizzato, afirmou que um amigo de Richa, o empresário Jorge Atherino, foi ao escritório da empresa e disse que estava captando recursos para a campanha do governador. Atherino teria questionado sobre o acordo firmado com Bueno sobre a duplicação da PR-323.
O recurso teria sido liberado, no valor de R$ 4 milhões. No setor de propinas da empreiteira, foi registrado o valor de R$ 2,5 milhões, mas o delator afirma que os R$ 4 milhões foram pagos integralmente.

Outro lado: 

Por meio de nota, o governador afirmou que o dinheiro não saiu de caixa, já que a obra não foi realizada. Veja na íntegra:
A obra de duplicação da rodovia estadual PR-323, prevista na licitação, nunca aconteceu. Também nenhum recurso público, de origem federal ou estadual, foi gasto nessa licitação. 
A empresa CONTERN não participou da licitação, porque não tinha capacidade econômico-financeira. 
Tanto que a CONTERN ajuizou, em 27/02/2014, perante a 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, ação ordinária, questionando as exigências do edital, pois não tinha patrimônio líquido mínimo exigido no edital e também porque não conseguia oferecer garantia, equivalente a 10% do valor estimado da licitação. 
O pedido foi negado pela Justiça Estadual, que reconheceu serem totalmente corretas as exigências do edital. 
Infelizmente tornou-se comum que os delatores, criminosos confessos, apresentem falsas informações, na tentativa de se verem livres das penas a que certamente serão condenados pelos graves crimes praticados, sem, no entanto, apresentarem qualquer prova de suas alegações. 
A defesa, mais uma vez, estranha o desrespeito ao sigilo judicial decretado neste caso. E reafirma que o vazamento de informações que se encontram sob sigilo de Justiça é crime. Portanto, a defesa de Beto Richa afirma que ele está sendo vítima desses criminosos vazamentos. A quem interessa denegrir a imagem do candidato Beto Richa?

Fonte: Paranaportal

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