Em pronunciamento em frente ao TRF-4, presidente da CUT afirma que
perseguição a Lula por parte do Judiciário está ajudando a mobilizar movimentos
progressistas e classe trabalhadora pela candidatura de ex-presidente
"O ministro da Justiça e a Polícia Federal descumpriram a lei, porque não cumpriram decisão judicial" |
São Paulo – “Nós
sabemos que Lula só está preso porque lidera
todas as pesquisas. Se não fosse candidato não estaria preso”, disse
o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, em pronunciamento no ato político
em frente ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), em Porto
Alegre, na tarde de hoje (13), como parte do Dia Nacional de
Luta por Lula Livre. Para o dirigente, a situação do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva é uma ameaça que pesa sobre todos os cidadãos brasileiros, com a
suspensão do Estado democrático de direito.
“Se Lula, que é cidadão do mundo, pode ser
tratado dessa maneira, o que vai acontecer com o cidadão comum na periferia do
Brasil afora, se a lei não é cumprida com um ex-presidente da República? O
Brasil virou um país sem lei”, alertou.
Ele pediu que os movimentos sociais, os
partidos engajados na luta pela democracia e os sindicatos continuem
mobilizados pela libertação do ex-presidente e prometeu que, no dia 15 de
agosto, data prevista para o registro da candidatura de Lula à Presidência da
República, a mobilização vai “lotar Brasília”.
“Vai ser uma candidatura registrada por milhares de pessoas. Lula vai ser
candidato, vai ser eleito e em janeiro vai subir as escadas do Palácio do
Planalto e propor um referendo revogatório de todos os atos que os golpistas
fizeram contra o Brasil”, disse.
“Este tribunal descumpriu a lei. Lula
tinha que ser imediatamente solto. O ministro da Justiça (Raul Jungmann) e a
Polícia Federal também descumpriram a lei, porque não cumpriram decisão
judicial (do
desembargador Rogério Favreto)”, criticou, ao referir-se ao TRF-4,
que no domingo (8) esteve no centro das arbitrariedades que definiram a
manutenção da prisão de Lula.
Freitas refirmou que a ação do tribunal
durante o processo é "política e interesseira” e que o prejuízo atinge a
democracia brasileira. “Querem que o Brasil seja colônia do capital
internacional. O que acontece ao Brasil salta aos olhos do mundo inteiro.” Ele
lembrou que o mérito do processo contra Lula não foi julgado e que, conforme
determinado pela Constituição Brasileira, enquanto não houver sentença em
última instância (Supremo
Tribunal Federal) o ex-presidente não pode ser preso.
“A sociedade brasileira tem que se
levantar contra isso. Se amanhã tiver evidências contra qualquer um de vocês,
vocês serão presos.” Segundo ele, uma parcela do Judiciário brasileiro é,
atualmente, guiada pelos “índices do Ibope” e combina suas ações com a
mídia. “Lula está preso por dizerem que tem um apartamento que nunca
teve”, acrescentou.
O presidente da CUT afirmou que a atuação
do Judiciário contra Lula traz um fator positivo. Segundo ele, a manutenção de
Lula na prisão mobilizou os trabalhadores “para agosto ser um mês de
luta”. "Essa palhaçada que aconteceu no domingo só
coloca mais água no nosso moinho pra fazer o Dia Nacional do Basta dia 10
agosto com mais força ainda, para parar o Brasil, os trabalhadores se
manifestandio contra a carestia, contra o desemprego e por Lula livre."
Freitas viaja a Cuba na noite desta sexta
para participar do 24º Encontro Anual do Foro de São Paulo, na capital, Havana,
de 15 a 17 de julho. Participam partidos de esquerda e movimentos progressistas
da região.
Fonte:
RBA
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