A reforma trabalhista prometeu e foi aprovada sob o discurso
de que, sem os encargos dos empresários, os salários iriam subir e o
trabalhador iria ter um incremento em seus proventos; pois o que houve foi
exatamente o contrário: em um ano de reforma, o salário do trabalhador
brasileiro já caiu 14 reais em média
247 - A reforma trabalhista De Temer e Meirelles prometeu e foi
aprovada sob o discurso de que, sem os encargos dos empresários, os salários
iriam subir e o trabalhador iria ter um incremento em seus proventos. Pois o
que houve foi exatamente o contrário: em um ano de reforma, o salário do
trabalhador brasileiro já caiu 14 reais.
“Pode parecer pouco para a
classe média, mas é muito significativo para quem ganha um salário mínimo”,
afirmou. Ele fez as declarações ao participar de seminário, na Câmara dos
Deputados, com o tema “Impactos da Aplicação da Nova Legislação Trabalhista no
Brasil”. O analista afirmou que tanto o
poder Executivo quanto o Legislativo “têm culpa no cartório” ao, respectivamente,
propor e aprovar uma reforma trabalhista que surtiu efeito “inverso” ao
prometido. Santos disse que não houve
crescimento de emprego no período de janeiro a março deste ano, quando a nova
lei já estava em vigor. “Se o objetivo era dinamizar a economia e modernizar as
relações de trabalho para se encarar novos desafios, isso ainda não teve o
efeito necessário.”
Na
avaliação do Diap, a reforma trabalhista resultou na precarização das relações
de trabalho. “Os contratos intermitentes, por exemplo, devem ocorrer apenas
para áreas em que é realmente necessário, mas, da forma como está posto na lei,
é muito abrangente e vale para todos - a ponto de os empregadores, de forma
irracional, quererem demitir trabalhadores fixos e contratá-los como
temporários”, disse (Leia mais aqui).
O
cenário de perda de renda, desemprego e, ainda, do baixíssimo nível de crédito
foi reconhecido pelo próprio Banco Central, conforme reportagem do 247 veiculada
nesta terça (3). Relata a reportagem (a íntegra aqui):
Num
estudo inserido no relatório de inflação de junho, o Banco Central estudou o
comportamento de diferentes componentes da demanda privada nos últimos ciclos
de retração e recuperação do Brasil. O estudo comparou os ciclos de 1999, 2001,
2003, 2009 e o atual. Em cada um deles, foi identificado o momento no qual a
economia começou a sair do buraco e onde ela estava cinco trimestres após,
segundo diferentes indicadores.
O
estudo (veja o quadro abaixo) mostra que a suposta retomada atual é irrisória diante
dos outros ciclos. Os números de geração de emprego são os piores de todos os
ciclos, com um agravante: o estudo não leva em conta a qualidade dos (poucos)
empregos criados após a reforma trabalhista, com remunerações e condições
contratuais muito inferiores às até então existentes. No caso do crédito, só o
cenário de 2001 foi pior que o de agora.
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