Um dos setores mais importantes da economia nacional, a
construção civil deverá fechar o ano no vermelho em função do agravamento da
crise econômica e das políticas recessivas implantadas pelo governo Michel
Temer; revisão do PIB, que inciou o ano com perspectiva de crescimento de 3% e
nos últimos dias caiu para 1,5%, também jogou para baixo as estimativas do
setor, que deverá crescer apenas 0,5% neste ano; os 13,2 milhões desempregados
resultantes do golpe de 2016 também são influenciados pela atividade que tem
suspendido novas contratações em função da crise
247 - Um dos setores
mais importantes da economia nacional, a construção civil deverá fechar o ano
no vermelho em função do agravamento da crise econômica e das políticas
recessivas implantadas pelo governo Michel Temer. Com uma contração de 20,5% e
o fechamento de 1,2 milhão de postos de trabalho nos últimos quatro anos, o
setor recuou para o mesmo patamar de 2009. Desempenho atual só não é pior que o
registrado entre os anos de 1981 e 1984, quando a construção civil encolheu
22,5% e o período ficou conhecido como a "década perdida".
O
início do ano de 2018 foi marcado pelo otimismo do setor em função do aumento
da produção de matéria-prima para a atividade no final do exercício anterior. O
otimismo, porém, mostrou-se infundado em função das seguidas revisões, para
baixo, do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
De
acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, a estimativa para
este ano era que o setor de construção civil apresentasse um crescimento de 2%
em 2018, mas a revisão aponta para um crescimento pífio, de apenas 0,5%.
A
consultoria LCA tem previsões ainda mais pessimistas. Com a estimativa do PIB
sendo revista para uma queda de 0,8 ponto percentual, a construção civil foi
empurrada para baixo em 2,8 pontos. Com isso, a estimativa é que o setor feche
o exercício com uma queda de 0,23% ante um crescimento de 2,6% projetado
anteriormente.
O
desemprego, que alcança 13,2 milhões de trabalhadores, é considerado uma
espécie de termômetro para a construção civil. O setor, que utiliza um grande
volume de mão de obra, vem segurando novas contratações, o que reduz o
crescimento do mercado de trabalho e, consequentemente, faz circular menos
dinheiro na economia.
Além
disso, a confiança do empresariado na recuperação da economia também está em
queda, o que faz com que novos investimentos sejam suspensos até que os sinais
de uma melhora efetiva sejam evidentes.
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