"A PF, através de O Globo, anuncia que Aécio Neves
'atuou em 2005 para maquiar os dados do Banco Rural entregues à CPI dos Correios,
que investigou o esquema do mensalão'", diz o jornalista Fernando Brito,
no Tijolaço; "É claro que isso não vai prosperar, exceto se houver a
intenção de “matar os mortos” para provar que há isenção política"
Por
Fernando Brito, do Tijolaço - No seu incrível esforço
para provar que “a lei é para todos”, a Polícia Federal, através de O Globo,
anuncia que Aécio Neves “atuou em 2005 para maquiar os dados do Banco Rural
entregues à CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão”.
É claro
que isso só acontece porque Aécio, como antes o ex-governador Eduardo Azeredo,
politicamente, está morto.
Donde
nenhuma diferença faz e não fará, porque o texto transcrito pelo jornal é do
melhor “padrão Sérgio Moro-Deltan Dallagnol”:
No
relatório, Heliel [Heliel Jefferson Martins Costa, o delegado da Polícia Federal que
assina o tal relatório] explica que as provas
indiciárias ocorrem nos casos em que “são demonstrados fatos secundários,
devidamente comprovados, a partir dos quais é possível extrair a convicção da
existência do fato probando, por meio de induções ou raciocínio lógico”. Em
outras palavras, o delegado diz que o envolvimento do senador tucano teria sido
provado a partir de fatos que, reunidos em ordem lógica, possibilitam ao
investigador afirmar que Aécio não tinha como não saber ou não ter participado
da trama apurada.
Não é?
“Provas
indiciárias = meros indícios, não provas”; “a partir dos quais é possível
extrair a convicção da existência do fato probando = o fato não é fato, mas
convicção”; “não tinha como não saber ou não
ter participado da trama = arremedo de teoria do domínio do fato“.
É claro
que isso não vai prosperar, exceto se houver a intenção de “matar os mortos”
para provar que há isenção política.
E para,
tardia e inutilmente, justificar a monstruosidade jurídica daquele famoso voto
do “não tenho provas, mas a literatura jurídica me permite condenar”, usado
contra o ex-ministro José Dirceu.
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