terça-feira, 31 de julho de 2018

MPF-RS emite parecer contra Lula


A defesa do ex-presidente Lula sustenta a falsidade de documentos apresentados pela Odebrecht e pelo MPF; no parecer, o ministério diz que a palavra do ex-advogado da Odebrecht Taclan Duran não merece valor porque ele foi acusado de crimes graves e teve a prisão decretada
247 - O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul deu novo parecer no recurso interposto pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os advogados dele queriam sustentar a falsidade de documentos apresentados pela Odebrecht e pelo próprio MPF. No parecer, o ministério diz que a palavra do ex-advogado da Odebrecht Taclan Duran não merece valor porque ele foi acusado de crimes graves e teve a prisão decretada.
"A prova pericial foi inconclusiva sobre a falsidade dos documentos submetidos à perícia e a prova testemunhal em nada contribui para elucidar a questão, razão pela qual deve ser mantida a sentença que julgou improcedente o incidente de falsidade", diz o parecer. "Não é imprescindível a oitiva de testemunha residente no exterior, que responde a crime de lavagem de dinheiro e que se encontra foragida, desprovida de qualquer outro elemento de corroboração", acrescenta.
Em maio, a defesa de Lula sustentou em recurso que o depoimento de Tacla Duran é necessário para comprovar que documentos apresentados pelo MPF e pela Odebrecht no processo que trata de um suposto imóvel destinado ao Instituto Lula foram adulterados e não podem servir de prova.
Vale ressaltar que, em junho, o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran afirmou, em audiência na Câmara dos Deputados, que Lula teve seu direito de defesa cerceado, porque o testemunho dele foi negado. "Não querem me ouvir porque têm medo do que eu tenho a dizer", disse Tacla.
Na ocasião, ele disse que a Justiça não o deixará falar sobre processo algum porque ele revela o esquema de venda de proteção na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Tacla também citou um nome ligado a Sérgio Moro, o advogado Zucolotto, que também venderia proteção na Lava Jato. Em novembro do ano passado, Duran afirmou que Zucolotto lhe ofereceu reduzir sua multa de US$ 15 milhões para US$ 5 milhões se o pagamento fosse feito em uma conta bancária em Andorra. "Percebi que as preocupações eram estritamente financeiras", disse o advogado.


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