sábado, 14 de julho de 2018

Ministério do Trabalho fraudava documentos para atender pedidos de Marun, diz PF


Relatório da PF aponta que servidores do Ministério do Trabalho fraudavam pareceres e não respeitavam as exigências legais para atender a pedidos do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun; segundo os investigadores, Marun pedia, por intermédio de sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna de Melo, facilidades para sindicatos do Mato Grosso do Sul, onde possui sua base eleitoral; mensagens suspeitas foram interceptadas em maio, poucos dias antes da deflagração da Operação Registro Espúrio, que desarticulou um esquema de venda de registros sindicais no ministério e resultou na queda de Helton Yomura, então ministro responsável pela pasta
247 - Relatório da Polícia Federal aponta que servidores do Ministério do Trabalho fraudavam pareceres e não respeitavam as exigências legais para atender a pedidos do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Segundo os investigadores, Marun pedia, por intermédio de sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna de Melo, facilidades para sindicatos do Mato Grosso do Sul, onde possui sua base eleitoral.
As mensagens suspeitas foram interceptadas pelos investigadores em maio, poucos dias antes da deflagração da Operação Registro Espúrio, que desarticulou um esquema de venda de registros sindicais no Ministério do Trabalho e resultou na queda de Helton Yomura, então ministro responsável pela pasta.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, o relatório sobre a investigação, aponta que o então coordenador-geral de Registro Sindical, Renato Araújo, repassava as demandas feitas por Marun a Jéssica Mattos, que mesmo sem servidora produzia os documentos fraudulentos para as entidades sindicais que "possivelmente ofereceram vantagens indevidas" a Marun.
Sobre as mensagens interceptadas, a Polícia Federal destaca que "o teor do diálogo revela o que foi comprovado nesta investigação. As manifestações são 'fabricadas' de modo a atender interesses privados, com diuturna ofensa aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade".
Com base nas mensagens interceptadas, a PF solicitou mandados de busca e apreensão contra Marun e sua chefe de gabinete, mas o pedido foi negado pelo ministro e relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.


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