O recrudescimento da violência judicial escancarada que
acelera e intensifica o cerco aos direitos básicos e fundamentais do
ex-presidente Lula atingiu um ponto extremo: 11 militantes de movimentos
sociais darão início a uma greve de fome em apelo à libertação de Lula; o
processo será deflagrado este mês e tem o respaldo da direção do PT; a
mobilização dar-se-á em Brasília, às margens do STF; possibilidade de o próprio
Lula fazer greve de fome não está descartada
247 – O recrudescimento da
violência judicial escancarada que acelera e intensifica o cerco aos direitos
básicos e fundamentais do ex-presidente Lula atingiu um ponto extremo: 11
militantes de movimentos sociais darão início a uma greve de fome em apelo à
libertação de Lula. O processo será deflagrado este mês e tem o respaldo da
direção do PT. A mobilização dar-se-á em Brasília, às margens do STF (Supremo
Tribunal Federal). Possibilidade de o próprio Lula fazer greve de fome não está
descartada.
A
memória política do país não nega: em sua prisão arbitrária e violenta dos anos
80, o ex-presidente Lula foi obrigado a fazer uma greve de fome em forma de
protesto para chamar a atenção da sociedade e da justiça, à época alinhada ao
golpe militar e às violências de estado.
Após
a carta de Lula publicada ontem, muito mais emocional que as anteriores, e a
cada dia que passa diante da clareza de um Supremo Tribunal seletivo, dividido,
pressionado e acovardado, o processo político brasileiro vai afunilando de
maneira dramática e irreversível.
O
fracasso retumbante do golpe e dos candidatos do golpe ornam com a situação
paradigmática de horror que Michel Temer, Sergio Moro e PSDB produziram no país
após a derrota de Aécio Neves. De um lado, o governo acelera a devastação
institucional e logística da governança (que deverá sofrer um processo de
recuperação inédito após a saída do governo golpista e tomado por toda a sorte
de incompetências gerenciais).
Esse
cenário em seu conjunto precipita uma aceleração do drama político-social
brasileiro, com ações extremadas como a greve de fome da militância
progressista. A sequência disso pode não ser a retomada da democracia, mas o
seu exato contrário.
“Após
as seguidas derrotas no STF e os sinais de que a presidente da corte, Cármen
Lúcia, não pautará ações que pedem a revisão da prisão após segunda
instância até setembro, 11 militantes de movimentos sociais ligados ao PT
começarão uma greve de fome em apelo à libertação do ex-presidente
Lula. O protesto será deflagrado no fim deste mês e tem o respaldo da
direção do partido. Os manifestantes prometem acampar em Brasília até que a
situação do petista seja reavaliada.
A
ação extremada faz parte de uma série de movimentos que o PT vai promover para
tentar reverter a prisão de Lula. O partido quer entregar um abaixo-assinado a
tribunais superiores em 15 de agosto, quando haverá ato para o registro da
candidatura do petista.”
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