O professor, advogado e doutor em Ciências
Penais Leonardo Isaac Yarochewsky avalia em entrevista à TV 247 que
"nem o papa poderia impedir a liberdade de Lula" depois da
determinação do desembargador do TRF4 Rogério Favreto neste domingo 8,
"mas estamos vivendo num Estado de exceção"; para o jurista, a
manifestação de Moro, de férias em Portugal, "é uma afronta" e uma
"provocação" a Fraveto; "Ele colocou o processo debaixo do braço
e não larga mais", critica; assista
TV 247 - O professor,
advogado e doutor em Ciências Penais Leonardo Isaac Yarochewsky
concedeu entrevista à TV 247 nesta segunda-feira 9 em que comenta as
arbitrariedades jurídicas cometidas contra o ex-presidente Lula no último
domingo 8. Yarochewsky classifica a decisão que negou o habeas corpus expedido
pelo desembargador Rogério Fraveto, do TRF4, a Lula como
"teratológica". "Tal atitude é própria de Estados
totalitários", ressalta.
Entenda o caso
O
desembargador Rogério Fraveto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4), concedeu, durante seu plantão, neste domingo, um habeas corpus
determinando a soltura do ex-presidente Lula.
Na
sequência, o juiz de primeira instância Sergio Moro, de férias em Portugal, e o
desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso do triplex no TRF4, se manifestaram
contra a liberdade. Mais tarde, o presidente do Tribunal de Porto Alegre,
desembargador Thompson Flores, determinou por fim que Lula mantivesse
preso.
Lula
completou neste sábado três meses de encarceramento político.
"Nem o papa poderia impedir a liberdade de Lula"
Yarochewsky
condena duramente a posição de Moro, dizendo que ele não tem mais nenhuma
jurisdição para acompanhar o caso. "É uma afronta, essa decisão do Moro
provoca Fraveto, ele colocou o processo debaixo do braço e não larga mais",
diz.
Sendo
Fraveto o juiz o único e exclusivo plantonista do fim de
semana, Yarochewsky afirma que a intervenção na liberação do habeas corpus
é ilegal. "Nem o papa poderia impedir a liberdade de Lula, mas estamos
vivendo num estado de Exceção", condena.
Ele
também culpa a influência da grande mídia na blindagem das ações ilegais do
Judiciário. "Para atender aos seus interesses escusos", explica.
"Eles querem vender o Brasil e usurpar a democracia. A liberdade não
pode esperar. A liberdade é a regra", salienta.
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