terça-feira, 10 de julho de 2018

Jungmann mandou PF desobedecer ordem judicial de soltar Lula


Numa subversão aberta da ordem constitucional, o superior hierárquico da PF, Raul Jungmann, mandou a instituição descumprir ordem judicial de soltura de Lula na manhã de domingo (9), depois de orientado num telefonema irregular pelo desembargador Thompson Flores, presidente do TRF-4; quase ao mesmo tempo, Moro, em outra ação ilegal, dava a mesma ordem a Roberval Ré Vicalvi, diretor-executivo da PF no Paraná, num telefonema de Portugal, onde está de férias 
247 - Numa subversão aberta da ordem constitucional, o superior hierárquico da Polícia Federal, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mandou a instituição descumprir a ordem judicial de soltura de Lula na manhã de domingo (9), depois de orientado num telefonema irregular pelo desembargador Thompson Flores, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). 
Foi uma ação dupla. Enquanto Thompson Flores e Jungmann se articulavam, Sérgio Moro fazia o mesmo com Roberval Ré Vicalvi, diretor-executivo da PF no Paraná. Assim que soube do despacho para a libertação de Lula, Vicalvi, em outra ação ilegal, telefonou para o celular de Moro, que atendeu em Portugal, onde está de férias, e deu ordem expressas para que o ex-presidente Lula fosse mantido encarcerado. Vicalvi correu para a sede da PF enquanto a ordem de Moro era reforçada em outro telefonema, desta vez de Jungmann.
Em troca de mensagens com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), Jungmann deixou claro que não permitiria o cumprimento da decisão judicial. Ele deu uma resposta sucinta e surreal: "ordem judicial é para ser cumprida". Mas ele não se referia à unica ordem que estava em vigor quando conversou com a parlamentar, mas à conversa irregular que mantivera com Flores.


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