Numa subversão aberta da ordem constitucional, o superior
hierárquico da PF, Raul Jungmann, mandou a instituição descumprir ordem
judicial de soltura de Lula na manhã de domingo (9), depois de orientado num
telefonema irregular pelo desembargador Thompson Flores, presidente do TRF-4;
quase ao mesmo tempo, Moro, em outra ação ilegal, dava a mesma ordem a Roberval
Ré Vicalvi, diretor-executivo da PF no Paraná, num telefonema de Portugal, onde
está de férias
247 - Numa subversão
aberta da ordem constitucional, o superior hierárquico da Polícia Federal, o
ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mandou a instituição descumprir a
ordem judicial de soltura de Lula na manhã de domingo (9), depois de orientado
num telefonema irregular pelo desembargador Thompson Flores, presidente do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Foi uma
ação dupla. Enquanto Thompson Flores e Jungmann se articulavam, Sérgio Moro
fazia o mesmo com Roberval Ré Vicalvi, diretor-executivo da PF no Paraná. Assim
que soube do despacho para a libertação de Lula, Vicalvi, em outra ação ilegal,
telefonou para o celular de Moro, que atendeu em Portugal, onde está de férias,
e deu ordem expressas para que o ex-presidente Lula fosse mantido encarcerado.
Vicalvi correu para a sede da PF enquanto a ordem de Moro era reforçada em
outro telefonema, desta vez de Jungmann.
Em
troca de mensagens com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), Jungmann deixou
claro que não permitiria o cumprimento da decisão judicial. Ele deu uma
resposta sucinta e surreal: "ordem judicial é para ser cumprida". Mas
ele não se referia à unica ordem que estava em vigor quando conversou com a
parlamentar, mas à conversa irregular que mantivera com Flores.
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