Governador do Maranhão e ex-juiz federal por 12 anos, Flávio
Dino avalia que o juiz Sergio Moro se intrometeu de maneira inusitada e
esdrúxula ao se manifestar, no domingo 8, contra a decisão do
desembargador Rogério Favreto (TRF-4) pela soltura do ex-presidente Lula, sem
ter qualquer competência sobre o tema do habeas corpus; para ele, Moro
sacrificou as condições mínimas que supostamente ainda teria para atuar em
outros casos envolvendo Lula
Maranhão 247 - Governador
do Maranhão e ex-juiz federal por 12 anos, Flávio Dino (PCdoB) avalia em
entrevista que o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, se
intrometeu de maneira inusitada e esdrúxula ao se manifestar, no domingo
8, contra a decisão do desembargador Rogério Favreto (TRF-4) pela soltura
do ex-presidente Lula, sem ter qualquer competência sobre o tema do habeas
corpus.
Para
Flávio Dino, Moro sacrificou as condições mínimas que supostamente ainda teria
para atuar em outros casos envolvendo Lula. O governador avalia que o
desembargador de plantão no TRF-4 agiu dentro das competências de juiz
plantonista, julgando um habeas corpus sobre fato novo e que não havia sido
decidido pela Vara de Execuções Penais. "É falsa a tese de que ele
deliberou sobre um fato já conhecido", diz.
"A
queixa da defesa em nada tem a ver com o julgamento do triplex, com Moro, com o
relator Gebran ou menos ainda com o presidente do tribunal da quarta
região", afirma. Ele contesta ainda a crítica de que a decisão de Favreto
não tinha caráter emergencial. "Se você achar que uma pessoa ficar um dia
preso não é urgente, então nem existiria plantão", opina. Para ele,
"era um caso de plantão, sim".
"Um
juiz não pode se apaixonar pela causa. Não pode se envolver tanto a ponto de
que ele ache que ele é dono do réu. Nenhum juiz é dono de um processo, a
escravidão foi abolida. Ele pode ser competente ou não para julgar aquela
causa, mas não pode ter envolvimento afetivo, nem no sentido de amar, nem de
odiar", criticou ainda Dino. "Isso nunca aconteceu e jamais vai
voltar a acontecer. Ocorreu porque era um caso do presidente Lula",
completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário