Chico
Buarque, Gilberto Gil, Chico Cesar e Ana Cañas se apresentam em protesto contra
a prisão do ex-presidente
Foto aérea
da Lapa, no Rio de Janeiro, durante as apresentações do Festival Lula Livre
Foto: Rafael Vilela/Mídia Ninja
A
praça dos Arcos da Lapa, no centro do Rio, ficou lotada neste sábado (28) para
o Festival Lula Livre. A programação teve início às 14h e o ponto alto do
evento gratuito foi o encontro no palco de Chico Buarque e Gilberto Gil, que
não se reuniam para uma apresentação desde e época da ditadura militar
(1964-1985) no Brasil.
O Festival
teve a participação de diversos movimentos populares, artistas,
intelectuais, professores e promove diferentes oficinas de criação ao longo da
tarde, cortejos, além de apresentações artísticas de música, de teatro, circo e
poesia. Às 17h, a tradicional Orquestra Voadora deu início às apresentações no
palco principal.
No
Festival desde cedo para aproveitar todas as atrações, o casal Sara Fazito e
André Porcaro levou o filho João, de um ano de idade. "Não existem provas
para justificar a prisão do Lula, queremos que ele se eleja presidente e por
isso estamos aqui", disse Sara.
A atriz
Cristina Pereira ressaltou o papel da classe artística para denunciar as
arbitrariedades contra o campo progressista no país. "Estamos a poucos
meses das eleições e a gente quer que Lula saia da prisão. Ele lidera as
pesquisas de intenção de voto. O artista como comunicador está aqui, na luta,
para denunciar para a população o que está ocorrendo no país".
Com uma
apresentação contundente no palco, a cantora Ana Cañas entoou canções de
protesto e foi acompanhada pelo público. "Como diria Nina Simone, como eu
posso ser artista e não refletir o meu tempo? É meu dever estar aqui hoje. A
América Latina tem uma tradição de golpes que contam, inclusive, com a mídia.
Mas temos hoje aqui a mídia alternativa para colocar a realidade no ar".
A
deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) disse que a saída para as injustiças
contra o ex-presidente está nas mãos do povo. "A grande mídia vinha
sustentando que Lula tinha acabado como liderança e que não ia participar das
eleições. Mas as manifestações mostram o contrário, mostram que Lula tem apoio
do povo. Lula foi condenado sem crime e não teve direito ao trâmite legal,
temos que apelar ao povo, que veio hoje se manifestar".
Ação do TRE
Nos
arredores do Festival, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ)
apreendeu material gráfico com a frase de ordem "Lula Livre" e que
continha a assinatura de alguns parlamentares. A deputada federal Jandira
Feghali (PCdoB) disse que a ação que tem Lula como alvo foi arbitrária. Ela
argumentou que os adesivos e bandeiras no evento não faziam nenhuma alusão a
candidaturas, mas apenas a partidos que defendem a liberdade do ex-presidente.
Fonte: Brasil de
Fato
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