Em entrevista à TV 247, o deputado federal Wadih Damous
(PT-RJ) observou que o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran, em seu
depoimento à Câmara, "mostrou o lado escuro da Lava Jato", lado
que "a mídia não mostra"; "A Lava Jato é blindada. Nada que
ponha ela em xeque vai ser mostrado", afirmou; o parlamentar destacou que
ele e o líder do PT, Paulo Pimenta, continuarão insistindo junto à PGR para que
as denúncias do esquema de delações sejam investigadas, assim como as
arbitrariedades de Sergio Moro; assista
TV 247 - O deputado
federal e advogado Wadih Damous (PT-RJ) concedeu entrevista à TV 247 nesta
terça-feira (5) relatando sua impressão sobre o depoimento do ex-advogado da
Odebrecht Rodrigo Tacla Duran à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, "Tacla Duran mostrou o lado
escuro da Lava Jato".
O
deputado lembrou que este, inclusive, é um lado que a mídia não mostra. "A
Lava Jato é blindada. Nada que ponha ela em xeque vai ser mostrado",
afirmou, diante do comentário de que o depoimento foi, pela segunda vez,
ignorado pela imprensa tradicional.
Tacla
Duran reforçou em seu depoimento as arbitrariedades da Lava Jato, citando a
adulteração de provas para incriminar pessoas investigadas na operação e
revelando um esquema das delações premiadas.
Damous
denuncia a má vontade da justiça brasileira em não apurar as denúncias
apresentadas por Tacla Duran. "Os relatos colocam em xeque a conduta da
Lava Jato. Continuaremos a pressionar a procuradora-geral da República, Raquel
Doge, para que ela avance com as investigações", afirma. Ele e o líder do
PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), já foram diversas vezes à PGR cobrar
as investigações.
O
deputado destacou ainda que está instaurada uma CPI na Câmara para investigar
as arbitrariedades da máfia das delações. Para a CPI ser aprovada, falta apenas
o parecer do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Questionado
sobre os poderes da CPI, inclusive sobre pedir prisão de investigados, Damous
explica que a comissão não tem poder Judiciário ou condenatório. "Nossa
intenção não é mandar prender, mas revelar à sociedade como se dão os
procedimentos da delação premiada. A Operação Lava Jato é fora da lei, está
cheia de irregularidades", condena.
O
parlamentar comenta o processo contra Moro no CNJ, onde foi denunciado por
divulgar grampos ilegalmente da presidente deposta Dilma Rousseff e do
ex-presidente Lula. "Há dois anos protocolamos uma representação contra os
grampos ilegais do juiz Sergio Moro e até hoje a ministra do Supremo Tribunal
Federal Cármen Lúcia não deu andamento ao processo. Isso mostra que há
conivência com os atos arbitrários", critica.
Wadih
Damous enumera o saldo negativo que a operação causou ao País. "A Lava
Jato é uma operação fora da lei e deixa um rastro de destruição no campo do
direito e econômico", conclui.
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