Rodrigo
Tacla Duran prestou depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Duran, em vídeo conferência, afirma que a Lava Jato utilizou documentos adulterados |
O ex-advogado da
Odebrecht Rodrigo Tacla Duran foi escutado pela Comissão de Direitos Humanos da
Câmara dos Deputados na manhã desta terça-feira (5). Por meio
de vídeo-conferência, afirmou que os responsáveis pela Lava Jato em
Curitiba cometem uma ilegalidade ao se recusarem a ouvi-lo como testemunha em
processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atualmente
preso.
“Eu
nunca fui condenado. Eu tenho colaborado com autoridades judiciais de diversos
países. Sempre como testemunha, nunca como delator. O único país onde estou
proibido de ser testemunha e de colaborar com a Justiça é o Brasil. Amordaçar
testemunhas é um sinal claro de que não se está fazendo justiça”,
afirmou.
Tacla
Duran afirma ter servido como testemunha em sete países que investigaram a
atuação da Odebrecht: Equador, Andorra, Suíça, Antigua e Barbudo, México, Peru
e Argentina. Em dezembro do ano passado, foi ouvido por autoridades
brasileiras, mas sem a presença de integrantes da força-tarefa de
Curitiba.
Na
sessão da Comissão de Direitos Humanos, Tacla Duran reiterou
críticas à Lava Jato feitas em outras ocasiões. No centro de
suas críticas, está a afirmação de que documentos da Odebrecht utilizados pela
Lava Jato teriam sido adulterados.
O
deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos responsáveis por tentar dar evidência às
afirmações de Tacla Duran no Brasil, disse que as denúncias do ex-advogado
da Odebrecht foram encaminhadas a Raquel Dogde, atual procuradora-geral da
República. Ela, entretanto, se posicionou por não investigar as informações.
“Nesse
despacho, ela arquiva uma representação que foi assinada por mim e pelos
deputados Paulo Pimenta, Carlos Zaratinni e Paulo Teixeira. Nós questionamos a
veracidade de extratos utilizados em denúncia contra o ex-presidente Lula”,
afirmou Damous.
Tacla
Duran lembrou ainda que os documentos, além de adulterados, não eram extratos
bancários, mas sim planilhas internas, que não servem como comprovação
definitiva de pagamentos.
Paulo
Pimenta (PT-RS) afirmou durante a sessão que o grupo de deputados que
levou as denúncias à Procuradoria-Geral da República estuda medidas jurídicas
para que as informações sejam investigadas mesmo após a negativa de Dodge.
Brasil
de Fato
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