Com a sequência de seus votos no STF, Edson Fachin está mais
isolado a cada dia; tornou-se líder do lavajatismo na corte, obediente a José
Roberto Barroso; antes de chegar ao STF, ele era advogado de movimentos
sociais, especialmente do MST; ao lado de Temer e Palocci, compõe hoje a
trinca dos traidores-símbolos do golpe de Estado de 2016
247 - A sessão extraordinária da Segunda Turma do STF,
realizada nesta terça (26) deixou patente à sociedade o isolamento do ministro
Edson Fachin, relator da Lava Jato no colegiado. Ele foi vencido por 3 a
1, derrotado por Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski em
quatro casos ontem, inclusive o da libertação de José Dirceu. A sequência de 17
derrotas em 37 votações na Turma sobre a Lava Jato, desde abril, explica o fato
do relator ter retirado da pauta a votação de recurso poderia libertar Lula. O
clima no STF é tenso e, com a sequência de votações, consolida-se a imagem de
traidor em Fachin. Antes de chegar ao STF, ele era advogado de movimentos
sociais, especialmente do MST, e teve apoio de João Pedro Stédile para sua
indicação. Ao lado de Temer e Palocci, compõe a trinca dos
traidores-símbolos do golpe de Estado de 2016.
Durante as
votações de ontem Fachin se mostrou visivelmente contrariado com as posições
dos colegas, em meio a clima de grande tensionamento e divisão no STF. A corte
está polarizada entre os "garantistas", liderados por Marco Aurélio
Mello e Gilmar Mendes, que passaram a defender as prerrogativas constitucionais
nos últimos meses, depois de dois anos de apoio ao golpe de Estado, e os
"punitivistas", liderados por Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Fachin.
O
cenário é de grande instabilidade na corte. Espera-se que a partir de setembro,
quando Dias Toffoli assume a presidência do STF e com isso afaste-se da Segunda
Turma, ela volte a ser um colegiado de perfil punitivista, com o retorno de
Cármen Lúcia, que comporá a bancada com Fachin e Celso de Mello, contrapondo-se
a Mendes e Lewandowski.
O caso
de Fachin tem causado espanto. Gleisi Hoffmann falou sobre ele ao fim do
histórico discurso ("Quem vai me pedir desculpas?") no dia 26 de
junho no Senado depois que sua inocência foi reconhecida pelo STF. Veja:
Nenhum comentário:
Postar um comentário