No golpe 'com Supremo, com tudo', em que a presidente Dilma
Rousseff foi afastada sem crime e o ex-presidente Lula vem sendo mantido como
preso político para não disputar as eleições presidenciais, que ele venceria
com facilidade, o decano Celso de Mello acaba de arquivar o caso em que o
chanceler do golpe, Aloysio Nunes, foi acusado de receber R$ 500 mil, por fora,
da UTC Engenharia
Por André Richter, repórter da Agência Brasil - O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello arquivou nesta segunda-feira (11)
inquérito aberto para apurar a suposta doação eleitoral não contabilizada ao
ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, em 2010.
A investigação
está relacionada com os depoimentos de delação premiada do ex-executivo da
empreiteira UTC Ricardo Pessoa. Segundo o delator, ele teria acertado doação de
R$ 500 mil à campanha de Aloysio Nunes ao Senado, em 2010. Aloysio está
licenciado do mandato para ocupar o cargo de ministro.
Celso
de Mello atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
há duas semanas. Pela jurisprudência da Corte, o relator deve arquivar a
investigação quando o pedido é feito pela PGR.
Ao
pedir o arquivamento, Raquel Dodge afirmou que os delatores não apresentaram
provas para corroborar os depoimentos e não há dados suficientes para embasar o
processo criminal.
"A
autoridade policial no seu relatório final reconhece que as afirmativas
constantes do termo de colaboração de Ricardo Ribeiro Pessoa, especificamente
em relação à suposta doação em espécie à campanha de Aloysio Nunes Ferreira em
2010, não foram corroboradas por outros elementos de prova suficientes a
comprovar a materialidade e a autoria das infrações investigadas, e, por isso, não há elementos para deflagrar ação
penal", argumentou Dodge.
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