A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) manifestou-se nesta
quinta-feira, 14, contra o processo de desmonte da Eletrobras; segundo ela, o
governo de Michel Temer vai abrir mão do controle da empresa para arrecadar
cerca de R$ 12 bilhões à União; no entanto, a oneração para o consumidor, em 30
anos, seria de quase R$ 400 bilhões; "Qual é a vantagem que o Brasil leva
vendendo sua maior empresa de energia, a empresa que coordena todo o sistema da
energia elétrica brasileira?", questionou
247 - A senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR) manifestou-se nesta quinta-feira, 14, contra o processo
de desmonte da Eletrobras. Segundo ela, o governo de Michel Temer vai abrir mão
do controle da empresa para arrecadar cerca de R$ 12 bilhões à União.
No
entanto, a oneração para o consumidor, em 30 anos, seria de quase R$ 400
bilhões. "Qual é a vantagem que o povo brasileiro leva? Qual é a vantagem
que o Brasil leva vendendo sua maior empresa de energia, a empresa que coordena
todo o sistema da energia elétrica brasileira?", questionou.
Para
Gleisi, a questão da Eletrobras, assim como da Petrobras, assume uma gravidade
enorme diante do quadro que nós estamos vivendo de recessão no Brasil e de
dificuldades para o povo brasileiro. Essas duas empresas só existem porque
nelas foi investido dinheiro público. A Eletrobras, por exemplo, teve
investimentos de R$370 bilhões em 60 anos. Ela é responsável por um terço da
capacidade de geração e 47% das linhas de transmissão do País. A empresa gerou
em média R$ 934 milhões anuais de dividendos à União entre 2003 e 2016.
"E,
agora, essa gente quer entregar esse patrimônio ao setor privado, ganhando um
recurso que não cobre 10% do déficit público que nós temos no Brasil hoje. E a
conta de luz vai subir para a população brasileira. É muito grave o que está
acontecendo neste País."
A
senadora lembrou que quando o Presidente Lula assumiu o governo em 2003, ele
vedou a entrada da Eletrobras e de suas subsidiárias no Programa Nacional de
Desestatização, criado por Fernando Henrique Cardoso. A empresa passou, então,
a integrar a Eletrobras. Saiu do Programa Nacional de Desestatização e passou a
integrar consórcios para participar dos leilões de geração e transmissão de
energia.
"Dessa
forma conseguimos reduzir o preço da energia para o consumidor no Brasil. Nós
chegamos, por exemplo, no leilão de transmissão, a um deságio médio, de 50%. No
caso da geração, Belo Monte, por exemplo, que foi implantada nos nossos
governos, chegou a produzir uma economia de R$60 bilhões, considerando 30 anos
de contrato", explica.
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