Segundo as investigações, dinheiro era pago por empresas do setor portuário
Reuters |
No documento da Polícia Federal (PF) que resultou nos
mandados de busca e apreensão da operação Skala, os investigadores apontam
indícios de que o presidente Michel Temer teria recebido R$ 340 mil por mês, no
fim da década de 90, de empresas do setor portuário.
Deflagrada em
março último, a operação apura a prática de corrupção passiva e de lavagem de
dinheiro. Em troca de propina, Temer teria assinado decreto, em maio do ano
passado, que ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessão e
arrendamento de empresas que atuam em portos, permitindo que eles possam ser
prorrogados até o limite de 70 anos.
A
PF já informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a probabilidade de
pagamento de mesada a Temer, de acordo com informações do blog da Andreia Sadi,
no portal G1. Entre as empresas que forneciam o dinheiro estão a Rodrimar,
cujos dirigentes foram alvo da Skala. Amigos do presidente também chegaram
a ser presos, entre eles o coronel João Batista Lima Filho e o advogado
José Yunes.
O delegado Cleyber
Malta Lopes cita, no documento, ainda conforme o blog, uma planilha que
integrava o inquérito 3105, que foi arquivado em 2011 pelo ministro Marco
Aurélio Mello. Essa tabela relacionava pagamentos a "MT", que seria
Michel Temer, a "MA", que seria Marcelo Azeredo, indicado por Temer
para comandar a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – estatal que
administra o Porto de Santos, e a "L", que seria Lima, o coronel
aposentado da Polícia Militar João Batista de Lima Filho, amigo de Temer e
sócio da Argeplan.
“Fazendo
uma ligação com as informações trazidas, na planilha acima, na qual denota
possível pagamento também pela Rodrimar de vantagem indevida para MT
(possivelmente Michel Temer), em 1998, na ordem de R$ 340 mensais e ainda
adicional de R$ 200 mil, textualmente indicado como sendo para campanha, não é
difícil supor que tal relação promíscua entre empresários e agentes políticos
se perpetue até os dias atuais”, disse o delegado.
Notícias ao Minuto
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