Avanço das investigações da PF deixa claro que coronel
aposentado é o PC Farias de Michel Temer; da mesma forma que o famoso
tesoureiro de Fernando Collor, tesoureiro de Temer arrecada dinheiro, gere
despesas da família presidencial e é "laranja": tem dinheiro e
propriedades de Temer em seu nome; em apenas um mês, valores mensurados no
esquema Temer/coronel mais que decuplicaram: saltaram de R$ 2 milhões para R$
23,6 milhões
247 - a Avanço das
investigações da Polícia Federal (PF) nas últimas semanas deixa claro que o
coronel aposentado da PM João Baptista Lima é o PC Farias de Michel Temer. Da
mesma forma que o famoso tesoureiro de Fernando Collor de Mello mais de 25 anos
atrás, o tesoureiro de Temer arrecada dinheiro durante campanhas eleitorais e
fora delas, gere diversas despesas da família presidencial e é
"laranja": tem dinheiro e propriedades de Temer em seu nome. No
último mês de investigações os valores mensurados no esquema Temer/coronel mais
que decuplicaram: saltaram de R$ 2 milhões para R$ 23,6 milhões. Um quarto de
século atrás, com muito menos provas que agora, Collor foi cassado.
As
últimas descobertas são avassaladoras:
1.
Temer mentiu em declarações à PF, ao afirmar que o coronel-tesoureiro não
arrecadava dinheiro para suas campanhas eleitorais. O empresário e sócio
do grupo Libra, Gonçalo Torrealba, confirmou os insistentes pedidos de
Lima para arrancar propinas destinados a Temer (aqui).
2. O
coronel intermediava as relações entre Temer e o Grupo Libra, atuando como
"garoto de recados", como ficou comprovado com a quebra do sigilo do
celular de Batista. Pouco depois de conversas pelo whatsapp, aconteceram
reuniões entre Temer e sócios do Libra -lodo depois do golpe, Temer renovou a
concessão por vinte anos do grupo Libra (aqui).
3. O
coronel-PC Farias tem pelo menos R$ 23,6 milhões em contas pessoais e de
empresas em seu nome. O valor é estrondoso e é apenas o que foi descoberto até
agora. A soma milionária contrasta com o depoimento à PF de um contador
do coronel, Almir Martins, disse só se recordar do faturamento líquido da
Argeplan (a empresa até agora mais em evidência), que seria em torno de R$ 100
mil a R$ 200 mil anuais.
4.
Reformas nas casas de Maristela Temer, filha de Michel foram pagas pelo
coronel, sua mulher e uma de suas empresas. O próprio Temer encarregou o
coronel de cuidar do assunto, em 2014 (aqui).
Para
que se tenha uma ideia da evolução do caso, até o início de maio, os valores mensurados no esquema de
Temer/coronel Batista não passavam de R$ 2 milhões. Em menos de um mês, a soma
já está multiplicada por mais de dez.
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