Réu por corrupção no STF, o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
convocou a população a votar no presidenciável da sigla tucana, Geraldo
Alckmin; "Vamos reunir forças para fazer este Brasil mudar, vamos estar
junto com Alckmin e acreditando sempre na ética, na responsabilidade e na
competência na política", disse
Minas 247 - Réu por corrupção no Supremo Tribunal Federal, o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) convocou a população a votar o ex-governador de
São Paulo e presidenciável da sigla tucana, Geraldo Alckmin.
"Vamos reunir
forças para fazer este Brasil mudar, vamos estar junto com Alckmin e
acreditando sempre na ética, na responsabilidade e na competência na
política", disse o parlamentar em vídeo publicada na internet.
O
deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) comentou as declarações. “Que tiro
no pé foi esse?”, escreveu ele no Twitter.
Além de
Aécio, também se tornarão réus a irmã dele, Andrea Neves, o primo
Frederico Pacheco e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador
Zezé Perrella (PMDB-MG), flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de
corrupção passiva.
Segundo
a denúncia, apresentada há mais de 10 meses, Aécio pediu a Joesley Batista, em
conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em propina, em troca
de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então procurador-geral da
República Rodrigo Janot.
A
obstrução ocorreu de “diversas formas”, segundo a PGR, como por meio de
pressões sobre o governo e a Polícia Federal para escolher os delegados que
conduziriam os inquéritos da Lava Jato e também de ações vinculadas à atividade
parlamentar, a exemplo de interferência para a aprovação do Projeto de Lei de
Abuso de Autoridade (PLS 85/2017) e da anistia para crime de caixa dois. “Há
indicativos de solicitação de vantagem indevida por detentor de mandato
eletivo, com auxílio da irmã, de Frederico Medeiros e de Mendherson Souza
Lima”, disse o relator.
No
início da sessão, em 17 de abril deste ano, o advogado Alberto Toron, que
representa o senador Aécio Neves afirmou que o valor era fruto de um empréstimo
e que o simples fato de ele possuir mandato no Senado não o impede de pedir
dinheiro a empresários.
*Com
Agência Brasil
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