Um dos ministros mais experientes do Supremo Tribunal
Federal, Marco Aurélio Mello afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva está preso ilegalmente, durante entrevista que concedeu a uma emissora de
televisão portuguesa; no entanto, ele afirmou que a ilegalidade deve ser
mantida, uma vez que Cármen Lúcia, presidente da corte, decidiu não pautar essa
discussão até setembro; ontem, em nova decisão polêmica, o ministro Luiz Fachin
manobrou para manter Lula, que lidera todas as pesquisas, preso ilegalmente
Brasília 247 – Um dos ministros mais experientes do Supremo Tribunal
Federal, Marco Aurélio Mello afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva está preso ilegalmente, durante entrevista que concedeu a uma emissora de
televisão portuguesa. No entanto, ele afirmou que a ilegalidade deve ser
mantida, uma vez que Cármen Lúcia, presidente da corte, decidiu não pautar essa
discussão até setembro. Ontem, em nova decisão polêmica, o ministro Luiz
Fachin manobrou para manter Lula, que lidera todas as pesquisas, preso ilegalmente.
Confira aqui a entrevista de Marco Aurélio
Mello, que também disse que Lula está inelegível, e confira abaixo notícia
sobre a decisão de Fachin:
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira retirar de pauta o julgamento
de um pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estava
previsto para ocorrer na terça-feira pela 2ª Turma da corte.
A
defesa do petista —líder nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do
Planalto— tentava garantir a liberdade dele a fim de tentar concorrer novamente
à Presidência. Ele, contudo, deve ser barrado na Lei da Ficha Limpa por ter
tido uma condenação em segunda grau por órgão colegiado da Justiça.
A
decisão de Fachin ocorre depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) não ter admitido o recurso —chamado extraordinário— que pretendia
reavaliar no STF o processo a que o petista foi condenado do tríplex do Guarujá
(SP).
O
ministro do Supremo entendeu que, se o TRF-4 tomou essa decisão de não enviar o
processo ao STF, não haveria motivo no momento para que a 2ª Turma julgasse a
medida cautelar sobre o mesmo caso.
Essa
medida cautelar tinha por objetivo suspender os efeitos da condenação até o
julgamento do mérito da ação pelo STF —na prática, o ex-presidente poderia
deixar a prisão, onde cumpre pena desde abril.
Fachin
entendeu que o pedido de julgamento estava prejudicado e é indispensável uma
decisão prévia do TRF-4 sobre se aceita um novo recurso da defesa do
ex-presidente para que o processo seja remetido ao Supremo.
"Vale
dizer, o exame do recurso extraordinário referido pela defesa, no atual cenário
processual, imprescinde da propositura e provimento de recurso próprio. Com
efeito, a modificação do panorama processual interfere no espectro processual
objeto de exame deste Supremo Tribunal Federal, revelando, por consequência, a
prejudicialidade do pedido defensivo", decidiu.
Profissionais
do mercado financeiro citaram a expectativa do julgamento do novo pedido de
liberdade de Lula como um dos fatores que têm permeado o temor de grandes
investidores em relação a ativos brasileiros.
Isso
por entenderem que, solto, Lula poderia atuar para as eleições de outubro como
importante cabo eleitoral de um candidato menos comprometido com a disciplina
fiscal do governo.
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