Senador avisa que vai se candidatar à reeleição
Reprodução / TV Senado |
O senador Magno Malta (PR-ES) avisou ao deputado federal Jair
Bolsonaro (RJ), pré-candidato do PSL à Presidência da República, que não topa
ser candidato a vice na sua chapa. O aviso inviabiliza de vez a estratégia de
Bolsonaro de fechar uma aliança com o PR para aumentar seu tempo na propaganda
de TV.
"Sou
candidato a senador", afirmou Malta ao jornal O Estado de S. Paulo. O
parlamentar capixaba era visto como o vice ideal pelo grupo político de
Bolsonaro por ter o perfil ligado à direita e a grupos conservadores que são a
sustentação do deputado do PSL.
O
Estado apurou que um dos motivos que levaram Malta a não aceitar compor a chapa
com o parlamentar fluminense foi o fato de sua mulher não querer disputar o
Senado em seu lugar nas eleições deste ano. A cantora gospel Lauriete Rodrigues
Malta (PR-ES) lançou sua pré-candidatura para deputado federal, cargo que já
ocupou entre 2011 e 2014.
Se
entrasse na chapa, o PR poderia agregar cerca de 45 segundos ao tempo de
Bolsonaro. Sozinho pelo PSL, ele teria menos de 10 segundos. Com a desistência
de Malta, a aproximação entre Bolsonaro e o PR, que já estava ameaçada após o
empresário mineiro Josué Gomes, dono da Coteminas, se filiar à legenda, ficou
inviabilizada.
Filho
do ex-vice-presidente José Alencar, Josué é um dos nomes cotados para ser
candidato ao Palácio do Planalto apoiado por uma aliança de centro. As
negociações para essa coligação estão sendo comandadas pelo presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e envolvem PP, PRB e
Solidariedade. Ele também é cotado para ser vice na chapa do PT encabeçada pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava
Jato.
Sem
uma aliança com o PR, Bolsonaro passou a procurar um vice no PSL e em outros
partidos de menor expressão. Uma das alternativas para a vaga é o general do
Exército Augusto Heleno (PRP-DF), que comandou as tropas brasileiras no Haiti.
O
deputado também já avaliou o nome da advogada paulista Janaina Paschoal (PSL),
uma das autoras do pedido do pedido de impeachment da presidente cassada Dilma
Rousseff (PT). Contudo, a advogada declinou da proposta.
Palanques
Correligionários
de Bolsonaro também têm procurado outros partidos para garantir palanques nos
Estados para o deputado. As possibilidades de alianças incluem legendas como
MDB, PP, DEM, PSD e PRP. O Estado mostrou anteontem que uma das alternativas
seria o apoio ao presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que é pré-candidato ao governo paulista pelo
MDB.
O
PSL não sabe ainda ao certo quantos candidatos a governador terá pelo País. Por
enquanto, dá como certas apenas candidaturas próprias em pequenos colégios
eleitorais. Bolsonaro não indicou quem pode apoiar no Rio, seu reduto
eleitoral. O partido aposta na candidatura de um dos filhos do presidenciável
ao Senado, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, como ponto de apoio no Estado
para campanha presidencial. A possibilidade de indicar um militar à disputa
também é avaliada. Com informações do Estadão Conteúdo.
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