Nem o jornalista Kennedy Alencar, conhecido por sua fleuma,
conseguiu segurar a ironia com relação ao exotismo judicial que paira sobre
Sergio Moro; Kennedy chamou Moro de rei do camarote e juiz ostentação, dadas as
solenidades ‘vergonha alheia’ que convocam o juiz mundo afora; para Kennedy,
participar de uma homenagem na capital mundial do paraíso fiscal – que é Mônaco
– corresponde à falta de noção aliada a deslumbramento vazio
247 – Nem o jornalista Kennedy Alencar, conhecido por sua
fleuma, conseguiu segurar a ironia com relação ao exotismo judicial que paira
sobre Sergio Moro. Kennedy chamou Moro de rei do camarote e juiz ostentação,
dadas as solenidades ‘vergonha alheia’ que convocam o juiz mundo afora. Para
Kennedy, participar de uma homenagem na capital mundial da sonegação de
impostos – que é Mônaco – corresponde à falta de noção aliada a deslumbramento.
“Toda vez em que se comporta
como rei do camarote ou juiz ostentação, Sergio Moro presta um desserviço à
Lava Jato e ao combate à corrupção. Após o giro por Nova York no mês
passado, ele recebeu uma homenagem no fim de semana no paraíso fiscal de Mônaco
_evento noticiado por Daniela Lima na coluna “Painel”, da “Folha de
S.Paulo”. Vale ler as notas e ver o vídeo.
Moro
pode e deve receber homenagens. Nada contra. Ele é bastante procurado. Mas
precisa ter mais cuidado ao selecionar as solenidades às quais comparece para
ser premiado. Na prática, acaba sendo usado como garoto-propaganda. O pendor
pelos holofotes demonstra deslumbramento pelo mundo dos ricos e chega a dar até
vergonha alheia.”
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