Carlos Moura/STF |
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, afirma ter
encontrado um pagamento de R$ 50 mil, feito em 2016, em benefício do Instituto
Brasiliense de Direito Público, que tem o ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), como um dos sócios-fundadores; na última sexta-feira,
Gilmar Mendes soltou o ex-presidente da Fecomércio Orlando Diniz
247 - A força-tarefa da
Operação Lava Jato, no Rio, afirma ter encontrado um pagamento de R$ 50 mil,
feito em 2016, em benefício do Instituto Brasiliense de Direito Público, que
tem o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um dos
sócios-fundadores. Na última sexta-feira, Gilmar Mendes soltou o
ex-presidente da Fecomércio Orlando Diniz.
“O
empresário presidiu a Fecomércio-RJ por cerca de 20 anos até ser preso por
ordem da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro em fevereiro de 2018.
Orlando Diniz é réu acusado pela força-tarefa da Lava Jato, no Rio, por
corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O Instituto Brasiliense
de Direito Público teve uma série de eventos apoiados por patrocínio da
Federação presidida por Diniz. Dos eventos do IDP de 2015 até 2017, pelo menos
três foram patrocinados pela Fecomércio-RJ: um no Rio de Janeiro e dois em
Lisboa.
O
Ministério Público Federal, no Rio, enviou à Procuradoria-Geral da República um
ofício para ser analisado um pedido de impedimento ou suspeição de Gilmar em
processos envolvendo Orlando Diniz. Para os procuradores da força-tarefa e do
Núcleo Criminal de Combate à Corrupção do MPF na 2ª Região (RJ/ES), as
investigações sobre Diniz revelaram fatos que evidenciam a eventual suspeição
ou impedimento do ministro do STF. No ofício à procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, responsável por entrar com pedidos como esse, é citado que Mendes
se declarou impedido em processo sobre questões patrimoniais com a Fecomércio
como parte e o escritório de advocacia Sérgio Bermudes como representante
legal. Em reportagem de jornal, o ministro informou por nota que se declarava
impedido para atuar em três casos onde havia a atuação daquele escritório de
advocacia."
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