sexta-feira, 8 de junho de 2018

Ex-presidente do PSC é investigado por pagar prostitutas com dinheiro do fundo partidário


Ex-presidente nacional do partido de Jair Bolsonaro, Vitor Jorge Abdala Nósseis está sendo investigado por suspeita de ter utilizado dinheiro do fundo partidário, destinado à Fundação Instituto Pedro Aleixo (Fipa), para pagar prostitutas; "Dei mesmo, e comi. Qual o problema? E agora? Vai fazer o que comigo? Dei, mas elas se formaram. Recuperei elas todas pra vida", ouve-se na gravação, divulgada pelo jornal O Globo
247 - O ex-presidente nacional e fundador do Partido Social Cristão (PSC) Vitor Jorge Abdala Nósseis está sendo investigado por suspeita de ter utilizado dinheiro do fundo partidário, destinado à Fundação Instituto Pedro Aleixo (Fipa), para pagar prostitutas. 
Em áudio entregue pelo PSC ao Ministério Público de Minas Gerais e à Polícia Federal, o ex-presidente afirma ter usado recursos da entidade para "comer putas". PSC é o partido que pretende lançar a candidatura a presidente do deputado de extrema-direta Jair Bolsonaro. 
"Eu tô vendo uma fofoca. Diz que eu dei dinheiro, né? Eu dei dinheiro da fundação para comer as puta... Conversa dela. Falei assim: Dei mesmo, e comi. Qual o problema? E agora? Vai fazer o que comigo? Dei, mas elas se formaram. Recuperei elas todas pra vida", ouve-se na gravação, divulgada pelo jornal O Globo
No áudio, também são citados os nomes de "Samanta" e "Keila": "Cê vê, a Samanta é uma mesmo. A Keila é outra. Tem umas três lá na Europa. Já viraram, tudo virou gente. Formaram-se, tem mais de vinte", complementa.
O MP de Minas investiga se houve celebração de contratos, repasses de verbas, concessão de bolsas ou outros benefícios a alguma "Samantha" ou "Keila". Segundo o estatuto do PSC, a fundação era responsável pela aplicação de 20% do total dos recursos do fundo partidário destinados à sigla, cerca de R$ 3 milhões em 2017.
Vitor Nósseis fundou o PSC e foi presidente da sigla entre 1985 e 2015, quando assumiu o cargo de presidente de honra. Advogado, tentou se eleger para um cargo político apenas uma vez, nas eleições presidenciais de 1994 como vice de Hernani Goulart Fortuna.
Em nota ao GLOBO, o ex-presidente do partido sustentou que a gravação é "clandestina e apócrifa" e que foi manipulada a pedido do pastor Everaldo, atual presidente do PSC, em função de denúncias que apresentou contra ele e a sigla a partir de 2015. 

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